‘O prefeito me disse: vai lá e resolve’, diz Paulo Alves, da Emdurb

O primeiro ato público da nova administração municipal de Marília, do prefeito Vinicius Camarinha (PSDB), só ocorreu após a assinatura de uma portaria, por um gestor acostumado no trato com o setor privado.
Foi pelas mãos de Paulo Alves que o prefeito elevou as dele para cortar os fios do radar da avenida Tiradentes, e, assim, consumar uma de suas principais promessas de campanha – a suspensão das multas por velocidade.
Em entrevista ao Marília Notícia, Paulo Alves, o novo presidente da Empresa Municipal de Mobilidade Urbana (Emdurb) fala sobre os bastidores burocráticos de seu primeiro ato e seus 26 dias como gestor público.
“Não houve a quebra total do contrato para que possamos discuti-los como um todo”, afirmou. “Importante dizer que não houve nenhum acidente próximo a radar”, frisou o presidente, defensor do debate público sobre a manutenção ou não dos equipamentos no município.
De volta à presidência do diretório municipal do PSDB, Alves sugere o motivo pelo qual o partido “caiu em descrédito” e diz o que pensa hoje de sua derrota à Prefeitura de Marília, em 2020, como candidato a vice-prefeito de Abelardo Camarinha (Podemos). O atual presidente da Emdurb concorreu duas vezes a vereador, em 2008 e 2024, sem êxito.
O dirigente fala ainda sobre quais condições financeiras encontrou a empresa e os planos de melhorias para rodoviárias e cemitérios, o transporte coletivo urbano e a convivência entre carros e bicicletas no trânsito de Marília.
Nascido em São Paulo, Paulo Jorge de Oliveira Alves, de 41 anos, é comerciante no ramo de bolsas, formado em Direito e rotariano. É casado e pai de um casal de filhos. Confira entrevista completa abaixo:
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MN – O ex-prefeito Daniel Alonso chegou à Prefeitura de Marília pelo PSDB. Como você acompanhou esse retorno da legenda ao poder local?
PAULO ALVES – Naquele momento havia algumas situações com as quais não concordávamos e me afastei do partido. Fiquei cuidando apenas da minha empresa. Durante o mandato todo fiquei apenas olhando de longe.
MN – O senhor até mudou de partido…
PAULO ALVES – Isso, fiz a migração através do Rogerinho. Fui para o Progressistas. Fui muito bem recebido por todos lá. E por lá sai candidato a vice-prefeito, em 2020. Perdemos a eleição e, já na sequência, me dediquei mais à empresa.
MN – Que experiência política o senhor teve desta sua primeira oportunidade eleitoral?
PAULO ALVES – O fator mais positivo foi ter andado por tantos os cantos da cidade. E ao lado do Abelardo Camarinha, que me contava as histórias de cada bairro como foi formado, interagindo com as pessoas, principalmente as mais pobres.

MN – E como o senhor vê, hoje, a derrota de Abelardo?
PAULO ALVES – A gente não pôde trocar de candidatura. A campanha estava bem legal. Enfrentar a máquina administrativa à época e, ainda, a pandemia, afugentou as pessoas das urnas, dificultou. Levamos até o final. E mesmo que ganhasse a eleição, viria uma demanda judicial pela reversão.
MN – Depois das eleições, o senhor retorna ao PSDB…
PAULO ALVES – Eu saí do PP para estar na presidência do PSDB no ano retrasado, ao mesmo tempo, que o Vinicius (migrou do PSB). Ele me convidou e eu voltei.
MN – Como o senhor avalia o PSDB hoje?
PAULO ALVES – O partido caiu em descrédito por conta do movimento Doria. Fomos sempre um partido contrário aos movimentos de esquerda, mesmo surgindo dela. A população não entendeu bem o que o Doria fez. No meio do caminho, o (vice-presidente da República, Geraldo) Alckmin, que era um quadro importante do PSDB, vai para o PSB, que é de esquerda. O partido acabou caindo de descrédito.

MN – Como a polarização partidária e ideológica agravou, ou não, esse momento do PSDB?
PAULO ALVES – O PSDB nunca foi extremista, mas de centro. Basta lembrar de (Mário) Covas, de Fernando Henrique (Cardoso), que buscam o equilíbrio político, a abertura da economia. O estado quebrado que o PSDB assumiu, e foi arrumando, dialogando. Continuou com (José) Serra, com o próprio Alckmin. Com Doria foi diferente, mais político, confrontando mais o PT. Depois do mandato do Rodrigo Garcia no Estado, a gente vê que o governo de Tarcísio (de Freitas) segue a linha do equilíbrio.
MN – Como foi o convite de Vinicius para que aceitasse a presidência da Emdurb?
PAULO ALVES – Por ser presidente do partido em Marília tínhamos uma relação muito boa. E ele me convidou, pelo meu perfil de gestor. O prefeito me disse: ‘vai lá e resolve’. Já tenho entendimento do setor privado e vim contribuir no público. No primeiro momento, dá um choque.
MN – O que percebeu de diferente de sua vida comum de empresário?
PAULO ALVES – Em uma empresa, você faz um planejamento anual. Há um controle total em suas mãos. Quando está bem, faz um fluxo rápido. Quando o negócio começa a cair, também é possível fazer ajuste, reduzindo despesas com muita rapidez. No poder público, não. Contratos não se rompem, mas se discute, se ajusta, tem que chamar o jurídico. Isso aí leva a uma morosidade. As ações têm consequências públicas.
MN – Qual foi a realidade que encontrou ao sentar-se na presidência da Emdurb?
PAULO ALVES – De início, pedi um balanço. Vi que aumentaram demais as despesas da empresa. Muitos contratos, muito gastos com a quebra de receita dos radares. Isso assustou a gente. Inclusive as demandas judiciais de ordem trabalhistas, precatórios, dívidas previdenciárias e pendências desde a época em que a Emdurb lidava com habitação. Não encontramos uma empresa saudável.
MN – Como se deu essa análise contratual no caso dos radares?
PAULO ALVES – O prefeito entendeu que não estava correto. O nosso primeiro ato foi pegar esse processo, obter rapidamente um parecer jurídico e entender se estava correto ou não a situação. Convocamos nosso conselho de trânsito e vimos alguns apontamentos, tanto do Tribunal de Contas (do Estado de São Paulo) quanto do Ministério Público (do Estado de São Paulo) com relação ao contrato. Isso gerou dúvidas e sustentou a gente na suspensão da aferição da velocidade. Não houve a quebra total do contrato para que possamos discuti-los, como um todo, para que não haja prejuízo nem para a empresa, nem para o município.

MN – Contrato este que não foi publicado ainda no Portal da Transparência da Emdurb…
PAULO ALVES – Vamos dar publicidade. Já pedi isso. Os contratos, quanto se paga, os aditivos que foram feitos. Até porque é público.
MN – A empresa contratada para operar os radares chegou a se manifestar oficialmente com a Emdurb após a suspensão definida pelo prefeito?
PAULO ALVES – Enviamos a portaria a eles, que nos fizeram alguns questionamentos sobre a decisão. O ato é de suspensão parcial. A empresa está propondo uma reunião. Vamos sentar e conversar. Entendemos que um acordo entre as partes é o melhor caminho. O prefeito nos pediu que encerremos este processo.
MN – A suspensão das multas nos radares é restrita ao avanço da velocidade permitida, é isso?
PAULO ALVES – A suspensão foi bem tácita e está publicada no diário oficial. A partir daquele momento ficaram suspensas as notificações por excesso de velocidade nos equipamentos físicos. Os nossos agentes não têm equipamento para aferir isso. Ainda estamos contando os dados de todos que estão passando acima da velocidade permitida em todos os pontos. Porém, ninguém vai ser notificado. Estamos fazendo um estudo mais amplo do trânsito na cidade.
MN – Depois da suspensão, veio de imediato a campanha, em faixas, para alertar os motoristas sobre isso…
PAULO ALVES – O prefeito ficou preocupado com isso. O pessoal pensou que estava tudo liberado. Não é isso. Importante dizer que não houve nenhum acidente próximo a radar. A cidade precisa pensar sobre isso. Será que o equipamento não deveria ser instalado em outro lugar? Em alguns lugares, pode ser instalada uma rotatória, por exemplo. É preciso discutir isso.
MN – Sem a receita das multas, a Emdurb perde em arrecadação. Como compensar isso na gestão da empresa?
PAULO ALVES – É importante dizer que, no uso do sistema, paga-se quase R$ 500 mil por mês. Sem essa receita, o jeito é fazer o enxugamento das despesas da empresa. A ideia é tirar de onde puder. O que houve na Emdurb foi um inchamento.
MN – Apesar da redução da receita, como gerir a rodoviária, que voltou a ficar sobre a responsabilidade da Emdurb?
PAULO ALVES – Essa é a maior dificuldade. A rodoviária veio para a gente sem receita. Foram se perdendo todos os contratos ao longo do tempo. Teremos que chamar um por um de quem está lá, restabelecer os vínculos e tentar criar uma receita mínima, mas o espaço é muito oneroso. A situação é caótica. O banheiro está quebrado. Falta papel, sabão. A iluminação está precária e os pombos sujam tudo. A equipe da Emdurb vai fazer uma limpeza diária.

MN – Não são apenas os passageiros que frequentam a rodoviária, não?
PAULO ALVES – Temos uma situação de ordem social ali. Há moradores de rua que permanecem por ser um espaço público. Há os que dormem ali, colocam suas coisas lá, tomam banho nos lavatórios.
MN – O que se nota na rodoviária é um ambiente de vandalismo…
PAULO ALVES – Infelizmente. Arruma-se o banheiro em um dia, no outro está quebrado. E o mesmo acontece com porta, fechadura.
MN – Não seria o caso de requisitar mais segurança?
PAULO ALVES – Sem dúvidas. A gente agora tem conversado com a polícia militar para ver se estabelece um espaço para a corporação. O efetivo da Prefeitura, que poderia ir para lá, não tem poder de polícia.
MN – E o mirante, vai ser aberto ao público mesmo?
PAULO ALVES – Faz décadas que está fechado. Há vazamentos para todos os pontos e não dá para subir porque está sem alvará do Corpo de Bombeiros. A escada é muito curta. É preciso instalar corrimão. É uma situação crítica. Não sei se brevemente haverá permissão para o público ter acesso. No primeiro momento, vamos mantê-lo fechado. A longo prazo, pensamos fechar a própria rodoviária com um gradil, mas isso dependeria de recursos. A ideia é fazer uma contenção, focada em quem, de fato, utiliza a rodoviária.
MN – Mas isso não infringiria o direito de ir e vir em um espaço público?
PAULO ALVES – A ideia não é limitar o acesso. É ter um controle por um convênio com a polícia militar, por exemplo, para saber quem está entrando e saindo da rodoviária. É uma questão de segurança pública. Vai embarcar meia-noite lá; chega às 5 horas da manhã. É a nossa realidade. A gente recebeu o pessoal do Expresso de Prata que nos falou sobre quebra e furto de equipamentos. A empresa hoje faz a parada do centro-oeste de algumas linhas em Tupã, e não em Marília. Precisamos oferecer melhores condições para empresas e passageiros.

MN – A terceirização da administração da rodoviária seria uma solução?
PAULO ALVES – Eu sou a favor da concessão desde que o público participe desta discussão. É um modelo que já existe. Veja o caso da Barra Funda, em São Paulo. Em Tupã, o terminal é concedido também à iniciativa privada. Este equipamento público concedido é mais eficaz. Inclusive o investimento é muito mais fácil. O banheiro, por exemplo, deixa de ser público. Marília tem uma linda rodoviária em ótima localização.
MN – E o terminal rodoviário urbano? O que é possível ser feito ali pela Emdurb?
PAULO ALVES – A parte interna, do trajeto do ônibus, é nosso. Fazemos a sinalização. Mas a área externa, com camelô e manutenção dos banheiros é da Secretaria de Serviços Urbanos. Por falta de recursos, vamos pedir a colaboração das empresas. Estamos fazendo um levantamento das deficiências.
MN – Os usuários do transporte coletivo urbano têm reclamado muito da qualidade do serviço. Como a Emdurb vai, efetivamente, fiscalizar esse serviço?
PAULO ALVES – Precisamos analisar o contrato e adotar o que está escrito. E ainda quantas linhas, horários e ônibus devem estar disponíveis para apontar o que está certo ou errado. Agora, a gente percebe que o sistema mudou. As empresas, quando foram contratadas, não tinham concorrência do Uber, a inflação não estava tão agressiva. Sabemos das dificuldades delas. Mas o que queremos escutar são as melhorias no serviço público municipal. Na minha visão, o zelo com o terminal deve ser das empresas.
MN – Até que ponto a integração de linhas justifica a manutenção de um terminal rodoviário urbano?
PAULO ALVES – Vemos o terminal como importante ponto de apoio. Nós precisamos repensar o transporte público em uma cidade que cresceu demais. A zona oeste está na ponta do Jardim Flamingo, próximo ao distrito de Avencas, e o de Dirceu também em relação ao aeroporto, na zona leste. O distrito de Lácio já se confunde com a avenida das Esmeraldas. Talvez, nos bairros, o melhor modelo seja de micro-ônibus e as zonas sul e norte possam ser interligadas diretamente. O ideal seria haver faixas exclusivas, mas a cidade não permite em muitas regiões.
MN – Os contratos das concessões do transporte coletivo urbano terminam em 2026. Que tipo de modelo o senhor avalia ser o melhor para o futuro?
PAULO ALVES – Percebemos que ter duas, três empresas não funciona bem. Não é possível integrar os bairros. Cada empresa tem um processo de distribuição. Não me parece fácil conversar essa logística. A concorrência direta também não. Não vejo praticidade nisso. Para mim, o melhor modelo é com uma só empresa. É mais fácil para conversar, cobrar.
MN – Caberia um VLT no novo modelo de transporte urbano de Marília?
PAULO ALVES – O sonho do prefeito Vinicius é utilizar o lado da ferrovia para um parque linear. É um espaço que não é do município. Seria um ótimo modelo interligar Lácio ao Maracá por um sistema intermodal.
MN – Além da rodoviária, a Emdurb reassumiu também os cemitérios municipais. Em que situação estes espaços chegaram à empresa?
PAULO ALVES – Percebemos a falta de zeladoria no fim do ano. E ainda piorou com as chuvas e o matagal que cresceu. Há falta de funcionários. Isso é crônico. Estou solicitando servidores à Prefeitura para um suporte inicial de melhorias. Tem cemitério que estava com portão fechado porque estava quebrado mesmo. Tivemos que soldar portão lateral para as pessoas terem acesso por ali. O foco total agora é eliminar o mato, inclusive pela campanha contra a dengue. Os cemitérios distritais estão em situação pior. Tem muro caindo, por exemplo.

MN – A Rodovia do Contorno se tornou uma avenida principal para o mariliense de deslocar pela cidade. Como trazer esse trânsito de volta às vias urbanas?
PAULIO ALVES – A maior preocupação nossa, hoje, é que as pessoas estão se acidentando e morrendo na Rodovia do Contorno. Nas vias urbanas, o problema está nos cruzamentos. Vamos pedir cada vez mais às pessoas que utilizem as vias da cidade. São mais seguras. Quem sai da zona norte para a zona sul chega mais rápido pela rodovia. O problema é para quem vai de moto. A carreta está no mínimo a 80 km/h e, na descida, passa de 100 km/h. Demora mais para atravessar a cidade pelas ruas e avenidas, porém, é mais seguro.
MN – Como conciliar soluções de trânsito em uma cidade cujas vias urbanas são estreitas, sobretudo na área central?
PAULO ALVES – Vamos utilizar tecnologia ao máximo, seja para semáforos ou para coleta de informações. Vamos trabalhar na implantação da Cidade Inteligente que o prefeito nos pediu, em que os equipamentos são automatizados, conforme a demanda do fluxo do trânsito.
MN – A Câmara aprovou um projeto de lei, ainda não sancionado, de semáforos piscantes entre as 23h e as 6h30. Qual sua opinião?
PAULO ALVES – Ajuda bastante, por questão segurança. Essa lei foi proposta pensando nisso. Em determinados horários e locais a periculosidade é maior. Não vejo nenhuma dificuldade porque o fluxo na madrugada é bem menor. Talvez, no futuro, o semáforo piscante nem seja necessário. A Central de Monitoramento pode liberar um lado e parar outro.

MN – O que a Emdurb já tem feito para melhorar a sinalização nos cruzamentos das vias urbanas, visando a prevenção de acidentes?
PAULO ALVES – Já fizemos um estudo e estamos muito preocupados com cruzamentos em pontos crônicos da cidade. São situações que fogem da responsabilidade da Emdurb, mas é preciso entender como um todo. Estamos melhorando a sinalização de solo com o que tem. Com as placas, a mesma situação. Mas há cruzamentos em que o poste é na esquina e é preciso avançar mais para tentar passar. Às vezes, a moto atravessa e acontece acidente. Tem lugar que o caminhão estaciona próximo das esquinas. Em outro, é uma árvore. O plantio é obrigatório em frente de cada imóvel, mas afeta a visibilidade.
MN – Como viabilizar a convivência da bicicleta no trânsito de Marília?
PAULO ALVES – Temos a preocupação em relação à viabilidade da instalação de faixas. Na zona oeste dá para fazer. Há uma grande avenida que interliga o Firenze ao cemitério das Orquídeas. Mas é preciso, primeiro, conter a velocidade dos veículos por ali. Na zona leste já há a ciclofaixa da Cascata. Talvez, melhorar ainda mais a sinalização. É o mesmo caso da avenida das Esmeraldas. Na zona sul é um pouco mais complicado, mas também dá. Na João Ramalho, por exemplo, há carros estacionados. Vamos pensar via por via, bairro por bairro.
MN – Como o senhor avalia o Complexo de Trânsito hoje? Há necessidade de melhorias?
PAULO ALVES – O modelo é perfeito. Não atrapalha trânsito, não fecha rua. Penso que ali seja mais uma questão de zeladoria. O mato está alto também. Sei que choveu e teve goteira na lanchonete. Vamos arrumar isso. Há uma demanda das autoescolas em relação à cobrança de taxa. É algo pontual.
MN – A Emdurb, hoje focada em mobilidade urbana, vai seguir no rumo certo com Paulo Alves?
PAULO ALVES – A ideia é da gestão como um todo. Em primeiro lugar, total transparência. Vamos divulgar tudo em nosso site. Por exemplo, radares: números do dia com arrecadação. O contrato da Rizzo, da zona Sul, ficará disponível. Em pouco tempo se tem acesso às informações públicas. Depois, a gestão. Vamos enxugar para que haja mínimas condições para investimentos no trânsito, na rodoviária, ou mesmo na praça da Emdurb, onde pretendemos instalar a cidade mirim para educar as crianças. Precisamos que a sociedade participe cada vez. O trânsito é responsabilidade de todos.