Prefeitura paralisa obra de escola em terreno de parque extinto

A Prefeitura de Marília paralisou as obras da escola municipal e de um centro esportivo, que seriam construídos na área do extinto parque aquático de Marília, no Jardim Flamingo, zona oeste da cidade.
Em nota, a administração municipal informou que “neste momento, está priorizando os investimentos e a manutenção das unidades escolares herdadas em condições precárias e com riscos de vida para os estudantes da rede municipal de ensino.”
A pasta da Educação ponderou, no entanto, que projetos para a construção de outras unidades na zona oeste da cidade, além da ampliação da Emei Flauta Mágica e da Emefei Chico Xavier.
Ainda de acordo com a pasta, os alunos que residem no Jardim Flamingo e estudam nas duas unidades escolares são atendidos “inclusive com transporte escolar oferecido pela Prefeitura para a frequência escolar.”
ESCOLA E CENTRO ESPORTIVO
Anunciada em setembro de 2023 pelo ex-prefeito, Daniel Alonso (PL), a obra foi licitada e contratada em outubro de 2024, na reta final do mandato, ao custo de R$ 35,4 milhões e prazo de 18 meses para conclusão.
Segundo projeto, seria construída uma unidade escolar em dois pavimentos com 10 salas de aula, duas bibliotecas, refeitório, sanitários, pátios cobertos e ao ar livre, quadra poliesportiva e espaços administrativos.

Em área anexa à escola seria erguido um centro de educação esportiva, também em dois pavimentos, com 40 suítes, salas para fisioterapia, auditório, refeitório, vestiários, piscina e dois campos com arquibancada.
Apesar da paralisação da obra, o contrato com a empresa vencedora, a Construmedici Engenharia e Comércio Ltda., de São Paulo, segue vigente, segundo constava no Portal da Transparência até esta publicação.
ABANDONO
Com a construção dos novos equipamentos públicos, a prefeitura reutilizaria uma área pública municipal que se encontrava abandonada desde a segunda tentativa de reativação do extinto Parque Aquático, em 2015.

Inaugurado no início daquela década com propósito de entretenimento gratuito à população na gestão de Mario Bulgareli, o local acabaria subutilizado e abandonado. Em 2018, a área de 98,8 mil quadrados foi leiloada, mas não houve interessados.
Nos últimos anos, o local foi vandalizado e chegou a ser utilizado como descarte de materiais inservíveis. Com o início das obras, a área já havia passado por terraplanagem. Agora está limpa e abandonada de novo.