Oriente confirma caso de raiva em bovino
Um caso de raiva foi confirmado em bovino de Oriente (distante 19 quilômetros de Marília), pelo Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Marília.
O vídeo que mostra o animal com os sinais da doença começou a circular nesta semana nas redes sociais, mas a confirmação foi feita no dia 12 de julho. O bovino morreu no último dia 6.
Oriente não registrava casos da doença há mais de dez anos. E, nos 13 municípios que compõem o EDA, neste ano houve a confirmação de raiva em Alvinlândia (um caso), Garça (dois), Marília (seis), Ocauçu (um), Oriente (um) e Vera Cruz (um).
A raiva de herbívoros é uma doença letal, que pode ser transmitida ao ser humano, e tem como o principal transmissor o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus.
Esta espécie de morcego está presente em todo o território do Estado de São Paulo e, na região de Marília – que envolve Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Fernão, Gália, Garça, Lupércio, Ocauçu, Oscar Bressane, Pompéia, Quintana e Vera Cruz -, tem alta incidência.
O médico veterinário da Ricardo Scioli Dal Colletto, que atua junto ao EDA de Marília, atendeu à ocorrência e tem realizado um trabalho de investigação para verificar a origem da doença.
Caso sejam observados casos de animais com sinais sugestivos de raiva (como andar cambaleante, em círculos, desorientação, salivação, não conseguir se manter em pé ou se levantar, com movimentos de “pedalagem” e óbito) ou com sinais de ataques de morcegos, o proprietário deve comunicar imediatamente a Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
Outra medida é a vacinação de todo o rebanho. A imunização não é obrigatória e não é fornecida pelo Estado.
É necessário evitar o contato com animais suspeitos. A raiva é uma doença incurável e pessoas expostas devem procurar atendimento em até sete dias do contato com animais suspeitos (para tomar soro). Após o período, o tratamento se torna muito difícil.
O EDA Marília pode ser contatado pelo número (14) 3413-2968.
Veja abaixo o vídeo do animal que estava com raiva em Oriente:
Em nota, o EDA de Marilia informa que, como foi notado aumento dos casos na região, foram realizadas reuniões de forma virtual com veterinários para alertar sobre a alta e os procedimentos a serem tomados.
“Esta doença é endêmica aqui na região de Marília e normalmente ocorrem picos a cada quatro a cinco anos. Os casos de raiva estão relacionados ao ataque de morcegos hematófagos (sugadores de sangue), estes podem se abrigar em abrigos artificiais como casas abandonadas, poços, caixas d’ água abertas, tubulações de água (um dos principais abrigos), chaminés, etc. Em abrigos naturais, como ocos de arvores, grutas, cavernas e fendas em paredões rochosos (muito comuns em nossa região).”
A íntegra do documento pode ser conferida, [clique aqui].