Lira chama Felipe Neto de mal-educado após acionar polícia contra youtuber
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira (26) que o youtuber Felipe Neto foi “mal- educado” e confundiu liberdade de expressão com “o direito de ofender”, usando o debate para “escrachar e ganhar mídia e likes”.
O comentário foi publicado em sua conta do X (antigo Twitter) na manhã desta sexta-feira (26), um dia após Lira informar que vai processar o influenciador por se referir a ele como “excrementíssimo”, durante participação em seminário realizado na Câmara nesta semana.
“Confunde-se liberdade de expressão com o direito a ofender, difamar e injuriar. Foi o que fez o sr Felipe Neto em seminário na Câmara, meio público para o bom debate”, diz no post.
Lira acionou a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados sobre o caso, que abriu investigação contra o influenciador, sob o argumento de possível crime de injúria.
Em resposta à autuação, Felipe Neto postou em sua conta do X que sua intenção foi fazer piada com a palavra “excelentíssimo”, uma “opinião satírica sem intenção de ofensa à honra”, e que já sofreu tentativas anteriores de silenciamento com o uso da polícia.
“Não tenho opinião sobre a pessoa Arthur Lira, não o conheço. Como parlamentar, minha opinião é clara: suas ações e inações são em grande parte nocivas e extremamente reprováveis. Minha intenção, ao citar “excrementíssimo”, foi claramente fazer piada com a palavra “excelentíssimo”, uma opinião satírica, jocosa, evidentemente sem intenção de ofensa à honra”, escreveu ele.
“Já sofri tentativas de silenciamento com o uso da polícia antes, inclusive pela família Bolsonaro. Continuarei enfrentando toda essa turma enquanto me sobrarem forças. E eu nunca falei que os enfrentaria com flores, nem assim o fiz e nunca o farei.”
O simpósio que Neto participou na terça (23) discutia a “regulação de plataformas digitais e a urgência de uma agenda”, Ele participou do evento em vídeo.
Após o evento, Lira, em nota, informou que acionaria judicialmente Felipe Neto em uma ação penal, por meio da Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados.
POR MARIANA BRASIL