Comércio na região de Marília eliminou 117 postos de trabalho em junho
Pelo sexto mês consecutivo, o comércio varejista na região de Marília eliminou postos de trabalho formais. Ao todo, 117 vínculos foram extintos em junho, resultado de 1.437 admissões contra 1.554 desligamentos. Nos seis primeiros meses do ano, foram fechados 750 empregos celetistas. No acumulado de 12 meses, porém, 436 vagas com carteira assinada foram abertas. Com isso, o varejo na região encerrou o mês com estoque ativo de 46.922 trabalhadores formais, alta de 0,9% em relação ao mesmo período de 2017.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Entre as nove atividades analisadas, seis sofreram retração no estoque de trabalhadores formais em comparação a junho do ano passado, com destaque para autopeças e acessórios; lojas de vestuário, tecidos e calçados (ambas com -2,5%); e outras atividades (-1,5%). Em contrapartida, os segmentos de supermercados (4,9%) e de farmácias e perfumarias (2,6%) apontaram as maiores variações positivas na mesma base comparativa.
“Esse desempenho é reflexo direto da retração no consumo das famílias e o aumento dos custos operacionais para os empresários. O brasileiro vem buscando quitar suas dívidas e com isso deixa de investir, o que representa um retrocesso em nossa economia. Esperamos que com o novo quadro político, tenhamos uma melhora na confiança do consumidor”, destaca Pedro Pavão, presidente do Sincomercio Marília.
Desempenho estadual
O comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 5.808 empregos com carteira assinada em junho, resultado de 67.039 admissões e 72.847 desligamentos, o pior resultado para o mês desde 2015. Com isso, quase 34 mil vagas foram fechadas no primeiro semestre. Assim, o varejo paulista encerrou o mês com um estoque de 2.055.480 empregos formais, leve alta de 0,2% em relação a junho de 2017. No acumulado de 12 meses, o saldo é positivo em 3.254 vagas.
No comparativo anual, quatro atividades sofreram redução do estoque de empregos celetistas, com destaque para lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1,9%) e lojas de móveis e decoração (-1,6%). Em contrapartida, os segmentos de farmácias e perfumarias e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos obtiveram os melhores resultados, ambos com crescimento de 2,4%.
Região de Marília
Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Arco-Íris, Assis, Bastos, Bernardino de Campos, Borá, Campos Novos Paulista, Cândido Mota, Canitar, Chavantes, Cruzália, Echaporã, Espírito Santo do Turvo, Fartura, Fernão, Florínea, Gália, Garça, Herculândia, Iacri, Ibirarema, Ipaussu, Júlio Mesquita, Lupércio, Lutécia, Manduri, Maracaí, Marília, Ocauçu, Óleo, Oriente, Oscar Bressane, Ourinhos, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista, Piraju, Platina, Pompeia, Quatá, Queiroz, Quintana, Ribeirão do Sul, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo, São Pedro do Turvo, Sarutaiá, Taguaí, Tarumã, Tejupa, Timburi, Tupã, Vera Cruz.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; supermercados; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).