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qui. 10 fev. 2022

‘Cry macho’, onde tudo é uma questão de escolha

por Ramon Franco

‘Cry Macho’, de Clint Eastwood (Arte: Divulgação)

Tem um conto do escritor brasileiro João Antônio (1937-1996) intitulado “Afinação da arte de chutar tampinhas”. Pelas ruas aqui de Marília, nas duas últimas décadas, por mais incrível que pareça, desenvolvi uma afinação também. Não de chutar tampinhas, mas de encontrar coisas perdidas. Falo sério.

Quando estive na assessoria de imprensa de um órgão público diariamente, a avenida Sampaio Vidal era o endereço do meu trabalho. Em mais de seis anos em que estive na função de servidor público municipal, ao cruzar a Sampaio Vidal nas imediações da Rio Branco ou da rua Bandeirantes, e até mesmo ali pelo lado da rua Bahia vindo pela Quatro de Abril, cansei de topar com objetos esquecidos nas guias e sarjetas do centro.

Lembro que achei um cadeado enorme, destes que fica em portão, canetas, guarda-chuva, óculos e moedas de todo valor: de R$ 0,25 centavos a R$ 1. No ano passado, por duas vezes, achei notas de R$ 50 na Sampaio.

Dias atrás, no domingo, assisti a um filme do diretor Sam Peckinpah (1925-1984) que o título em português não me agradou (“Os implacáveis”), então prefiro chamá-lo no original “The getaway”, que na tradução literal seria “A fuga”.

‘The Getaway’, de Sam Peckinpah (Arte: Divulgação)

Integralmente, o filme, digamos, estava “perdido” dentro do YouTube. A trama traz um casal de “fora da lei” bem charmosos, a linda Ali MacGraw, e o sofisticado assaltante de bancos, Steve McQueen (1930-1980). Ali, a eterna mocinha de “Love story” e McQueen, de “Papillon”, aliás, iniciaram o relacionamento amoroso durante as filmagens de “The getaway”.

O longa de Peckinpah foi rodado no primeiro semestre de 1972 – portanto, há meio século – e lançado oficialmente no final daquele mesmo ano. O filme é uma fuga contínua, com a dose certa de ação e tiros ao estilo do Peckinpah. Cito Peckinpah e McQueen para fazer um paralelo com um cineasta de achar coisas perdidas: Clint Eastwood.

Nascido no mesmo ano em que McQueen nasceu, Eastwood é o diretor que aperfeiçoou o estilo de western que Peckinpah impôs entre as décadas de 1960 e 1970. O mais recente filme dirigido e estrelado pelo bom e velho Clint é “Cry Macho”, foi mais uma história resgatada do fundo do baú. Originalmente lançado em livro, no ano de 1975, “Cry Macho”, de Richard Nash, nos chama para uma viagem.

É uma viagem para dentro – ao contrário de “The getaway”, que nos faz viajar para bem longe. Na rota inversa de “The getaway”, onde os “mocinhos” (que são vilões) tentam a todo custo chegar ao México pelos Estados Unidos, em “Cry Macho”, um velho peão de rodeio e um adolescente mexicano com seu galo de briga tentam sair do México e ganhar a fronteira dos Estados Unidos.

Eastwood faz muitos resgates neste longa, inclusive o musical. “Sabor a mi”, clássico bolero mexicano dá o tom para uma das poucas cenas românticas da trama. O filme faz chorar e mostra que tudo é uma escolha.

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