‘Problemas não têm cor ou partido, precisam ser resolvidos’, afirma Diogo

A cadeira mais importante de Pompeia é ocupada desde 1ª de janeiro de 2025 pelo prefeito mais jovem da história de 86 anos do município vizinho pelas terras a oeste do distrito de Rosália.
Aos 29 anos, o professor da rede estadual de ensino, ex-vereador mais votado do Legislativo pompeiano e agora chefe do Executivo, Diogo Ceschim (Podemos), empresta sua juventude à gestão da cidade de olho em seu futuro legado.
“Posso não ter tempo de fazer tudo, mas tudo vai ter um início no meu mandato”, cravou o jovem, que diz se inspirar no modelo visionário de gestão pública do ex-presidente da República, Juscelino Kubitscheck (1902-1976).

Em entrevista ao Marília Notícia, concedida em seu gabinete, Ceschim associa sua eleição à tradicional festa folclórica amazonense e cita qual é o maior prefeito de Pompeia que já sentou à sua cadeira.
A poucos metros dela, ele detalhou seus planos para a educação e a habitação no município, o impacto econômico do futuro contorno rodoviário e seu propósito de boa vizinhança com o colega Vinicius Camarinha (PSDB).
Natural de Mariápolis, Diogo Montesfusco Ceschim Silva é solteiro, mas comprometido com Mariana Maranho, sua namorada e presidente do Fundo Social, cargo tradicionalmente ocupado por primeiras-damas. Confira entrevista completa abaixo:
***
MN – Que Prefeitura o senhor encontrou ao sentar-se na cadeira de prefeito?
DIOGO CESCHIM – Foi um misto de sentimentos. Eu sempre sonhei em estar aqui, ajudando as pessoas. Ao mesmo tempo, eu sabia da responsabilidade, o desafio que seria estar aqui. Eu não caí aqui de paraquedas. Não foi por acaso, eu me planejei. Eu tenho uma trajetória para estar sentado aqui nessa cadeira. Muita gente cobiça, mas não sabe qual é o verdadeiro peso da missão que ela representa.
MN – Que Pompeia é esta que agora está sob sua administração?
DIOGO CESCHIM – É uma cidade rica pelo progresso, trabalho, e tem bases familiares na religião. Eu tenho consciência de toda essa pluralidade. Tanto é que o slogan do nosso governo é “Pompeia para todos”. Não só para um grupo, não só para um partido. E esse é o grande desafio, sabendo de um orçamento que é limitado. Está sendo uma grande alegria. É um grande desafio, mas eu posso dizer que sou o cara mais feliz do mundo.
MN – Apesar da alegria, há muito que fazer, não?
DIOGO CESCHIM – Eu gosto de resolver problemas. Os meus mesmo eu acabo nem resolvendo (risos). No fim do dia, eu pude perceber que quando a gente coloca na balança, pude ajudar muito mais gente do que não resolver o problema dessas pessoas. Em todos os dias nesse primeiro mês de governo, foi assim eu consegui ajudar mais gente. Estamos caminhando devagar, entendendo os fluxos, os processos. Eu tenho que tomar decisões, e algumas desde o início, para não prejudicar a prestação de serviço depois. São decisões difíceis, mas se eu não corrigir agora, depois vai ficar difícil.
MN – A eleição do senhor interrompeu uma alternância do mesmo grupo político em Pompeia. Qual o significado de seu mandato neste contexto?
DIOGO CESCHIM – A gente quebrou o “Parintins” em Pompeia (risos). Tem o garantido e o caprichoso. Um é vermelho e o outro azul. Eu venho de um grupo político que bebe das fontes do grupo azul, que eram (os ex-prefeitos) Jorge Tamura e Oscar Yasuda mas, politicamente, partidariamente, em 2020, eu já estava presidindo o Podemos, que foi um partido que se elegeu independente. Nós tivemos uma bancada nesses últimos quatro anos na Câmara Municipal, mas no finalzinho montamos um grupo oposicionista, disputamos as eleições em 2024.

MN – Como tem sido para o senhor essa convivência política aqui em Pompeia em um cenário de polarizações?
DIOGO CESCHIM – Eu sempre lutei pela quebra da polarização, embora muitas pessoas ainda não entendam o que é isso. Nós estávamos oposição e somos governo. Aqueles que eram governo vão para a oposição. É natural. Assim como eu também vou ter a minha liderança substituída por outra pessoa. Meu adversário (nas eleições) é um jovem. Ele lutou pela juventude. Isso eu respeito muito nele. É o momento da juventude, de pessoas assumirem a responsabilidade. A gente conseguiu quebrar o paradigma. Sempre vão ter grupos interessados em assumir o poder.
MN – De vereador a prefeito em quatro anos, como será a relação do senhor com a Câmara Municipal de Pompeia?
DIOGO CESCHIM – Eu tenho um bom diálogo com todos os parlamentares, com todos os partidos, desde os da direita, os do centro, e até mesmo os da esquerda, que não são tão populares em Pompeia, dada a nossa proximidade, relacionamento com a direita, com o governador Tarcísio (de Freitas), o senador Marcos Pontes, até o mesmo ex-presidente (Jair) Bolsonaro. Eu tenho um diálogo de abertura, de muito respeito com os partidos da esquerda aqui em Pompeia. Eu pertenço a um partido que é de centro-direita, que é o Podemos. Mas aqui, a gente fala assim: problemas não têm cor ou partido. Problemas precisam ser resolvidos.

MN – O senhor foi o vereador mais jovem e votado em 2020 e, agora, assume como o prefeito mais jovem da história de Pompeia. Como sua juventude pode contribuir em seu novo mandato?
DIOGO CESCHIM – Eu estou muito acostumado com essa questão de ser um jovem na política. Eu era o baby boy (menino) da Câmara Municipal (risos). Eu comecei muitas coisas muito cedo. Sou apaixonado por política. Já participava das sessões da Câmara com 14 anos de idade. Com 17, passei na faculdade e cursei Gestão de Políticas Públicas. Assim que me formei, em 2018, voltei para casa. Fui a segunda pessoa da minha família a me graduar na universidade. Eu me preparei para estar aqui. Vejo hoje uma necessidade muito grande da juventude se apropriar mais das decisões.
MN – Na visão do senhor, qual é o contraponto da juventude com a experiência?
DIOGO CESCHIM – O poder decisório hoje está na mãos de poucos. E esses poucos já têm uma experiência muito avançada, não entendem as novas realidades. Hoje eu olho para pautas de desenvolvimento social, educação, sustentabilidade e, principalmente, desenvolvimento local que respeitem o meio ambiente, que usem a inovação e tecnologia, desburocratizando o serviço público e tendo a proximidade com a população, utilizando a ciência, a tecnologia e os meios inovadores para a gente resolver problemas do passado. Tem que ser jovem para perceber isso. As pessoas de mais idade não têm esse entendimento. Há experiência, só que a vivência dessas pessoas está muito atrelada ao passado.
MN – Quanto aos seus antecessores, há alguém com quem se identificaria?
DIOGO CESCHIM – Um ex-prefeito que eu admiro muito em Pompeia é o Milton Pereira. Eu fico imaginando a cabeça dele se ele tivesse os recursos tecnológicos que a gente tem hoje. Essa cidade seria um avião. Eu falo isso para ele. O senhor despachava, dava ordem de serviço, fazia obra, resolvia problemas e não tinha um e-mail, um celular. Ele me inspira muito no jeito de administrar. Hoje ele está aí com seus 94 anos. Lembro-me que falei para ele ‘eu vou ser prefeito’. E ele me disse: ‘se eu tivesse em condições, ia junto com você’. Eu não esqueço disso.

MN – Ou seja, há outros que contribuíram em experiência que assumisse a Prefeitura…
DIOGO CESCHIM – Fico emocionado. Não estou começando nada do zero. Muita gente se sentou ali. Cada um contribuiu com sua história e eu, com a minha juventude, também. Estou tendo uma baita de uma oportunidade de representar a minha geração e construir uma cidade com base no que ela sempre sonhou. Meus antecessores tiveram seus erros e acertos, assim como eu vou ter os meus erros. Vou ser cobrado por isso no futuro, assim como eles também estão sendo, mas eu estou aqui para acertar e dar uma nova direção para a cidade. Eu quero que quem chegue depois de mim pegue uma cidade melhor.
MN – Em seu tempo de vereança, o senhor propôs a criação de um banco municipal de material de construção. A ideia permanece agora como prefeito?
DIOGO CESCHIM – Na época, pensei nisso porque muitas pessoas estavam me procurando. Foi em um período de chuvas e a gente estava na pandemia, em 2021. Houve muitos problemas de muros caindo, telhas, calhas. O poder público poderia auxiliar essas pessoas, não dando um saco de cimentos, não comprando, mas através de um banco de material de construção. Isso ajudaria pessoas inscritas no CadÚnico, em acompanhamento pelo Cras, que precisam fazer uma pequena reforma, não têm orientação de algum arquiteto ou engenheiro. Isso estava previsto no projeto de lei. Não estou falando de reformar casa, mas de corrigir situações. Ou seja, dar um objetivo social para essa política pública. Eu quero trazer essa proposta para uma pauta legislativa para o ano que vem. Neste ano, a gente vai criar programas do município para o orçamento do próximo ano, com dotação orçamentária, para a gente poder estruturar o programa. Esse ano eu não posso criar nenhum.
MN – Os compromissos deste ano já estão atrelados ao atual orçamento municipal, não?
DIOGO CESCHIM – Eu ainda estou com o orçamento da ex-prefeita (Tina Escorce), de R$ 180 milhões e que já está direcionado. O que eu posso fazer? Apenas um remanejamento dentro da função programática. O nosso orçamento está atrelado à Lei de Responsabilidade Fiscal.
MN – O senhor nomeou em Pompeia gestores que estavam na administração municipal de Marília até 2024. Por quê?
DIOGO CESCHIM – Temos o Tatá (Claudirlei Santiago Domingues), que é meu secretário de Administração e Governo e estava na diretoria da Codemar. Ainda o Levi Gomes de Oliveira, que é de Pompeia, saiu há 33 anos e repatriei depois de ter sido chefe de gabinete do prefeito Daniel Alonso. O outro é o Alexandre Santiago Domingues, que estava na Secretaria de Suprimentos de Marília e aqui está como superintendente do Serviço Autônomo de Água Esgoto. São três nomes de peso, experiência com uma baita bagagem na administração pública. Preciso me cercar de pessoas boas, competentes, com experiência, que saibam o que estão fazendo e tenham um contraponto diferente do meu sobre aquilo que está acontecendo pela visão deles de cidade. Isso foi um diferencial e um critério de escolha dos nomes para me assessorar como secretários diretamente aqui na Prefeitura.

MN – O ex-deputado estadual Vinicius Camarinha (PSDB) tornou-se se colega na administração municipal de Marília. Como tem sido essa parceria regional?
DIOGO CESCHIM – Temos um bom relacionamento. Ele ajudou muito Pompeia. Já estive muitas vezes no gabinete dele, sempre nos atendeu muito bem. O Vinicius sempre teve um bom relacionamento com o povo de Pompeia. Ele tem a virtude de não olhar para a cor de partido e sempre trabalhar pela cidade. Eu tenho gratidão e desejo muito sucesso ao Vinicius nessa nova empreitada de liderar uma Marília do novo tempo também. Ele é jovem também e está assumindo mais um mandato de prefeito. Eu me coloco também à disposição do prefeito Vinicius e de toda a população de Marília para atuarmos como região única e cooperativa.
MN – Pompeia tem promovido há anos a tradicional Festa de Peão. A festa está mantida, com apoio da Prefeitura?
DIOGO CESCHIM – Já está confirmado para os dias 18 a 21 de setembro, na semana do aniversário da cidade. Já pode publicar, você está escutando do prefeito. A gente já está formando a comissão organizadora da Festa do Peão. Estamos em contato com alguns orçamentos para estrutura, som, das equipes, dos atletas que vêm fazer a competição. Faz dois anos que Pompeia não tem a Festa do Peão de boiadeiro em setembro. Em 2023, foi cancelada e em 2024 foi antecipada para maio. Agora, volta para setembro, de onde nunca deveria ter saído. Não vai ter só o rodeio. A gente quer fazer algo que antecipe a festa. Isso está sendo planejado com muito carinho.
MN – Em seu plano de governo, o senhor propõe a inclusão de disciplinas de robótica para as escolas municipais. O quanto sua experiência como professor te ajudou nesta proposta?
DIOGO CESCHIM – Vendo os meus alunos. Essa nova geração, a minha geração, tem uma vocação tecnológica muito grande e pouco aproveitada na sala de aula. Lecionei na rede estadual, mas sei que dentro da rede municipal a gente tem que preparar esses alunos para quando eles chegarem numa idade 12, 13 anos, já tenham novas habilidades. Estamos pensando não só como oficinas do tempo integral, mas como ensino dentro da grade curricular comum das crianças, do primeiro ao quinto aninho, adaptado às linguagens para as crianças. Em breve, isso será uma realidade.
MN – A Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, sediada em Pompeia, é referência nacional de formação de novos profissionais. Como atual parceria com a Prefeitura pode contribuir na formação profissional na cidade em seu governo?
DIOGO CESCHIM – No mesmo passado, nossa reforma administrativa criou a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia. O ecossistema de inovação, tecnologia e agroindústria do próprio Grupo Jato, do Grupo Orion e outras indústrias aqui de Pompeia vão estar ligadas. Entre junho e julho deste ano está prevista a inauguração do Citap, que é o Centro de Inovação Tecnológica da Alta Paulista. Há expectativa da presença de diversas autoridades aqui na inauguração. A sede da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação será dentro do Citap, facilitando essa comunicação entre a fundação, o centro, que é ligado ao governo do Estado de São Paulo, e o município. Então, a gente terá num lugar só, dentro do campus da fundação, todo esse ecossistema que favorece o desenvolvimento de pesquisas científicas, produção de artigos.
MN – Atualmente, uma grande organização empresarial sustenta Pompeia com muitos empregos e tributos. Que políticas o senhor deve implantar para que a cidade tenha uma diversidade industrial maior?
DIOGO CESCHIM – Eu discordo. Não é apenas o Grupo Jato. Há outras indústrias que trabalham em outros segmentos. No setor agroalimentar nós temos o Grupo Jazam. Há ainda o setor de serviços, o comércio. A gente sabe que tudo depende de um grande grupo, mas Pompeia tem prestadoras de serviço e transportadoras, empresas que fabricam peças. Acredito que estejam consolidadas pelo nível de investimento e pelas parcerias que têm aqui em Pompeia.
MN – O senhor propôs a instalação da Corregedoria Municipal de Pompeia. Que modelo deve seguir?
DIOGO CESCHIM – Antes de criar a corregedoria, precisamos antes organizar os fluxos, os processos internos administrativos. Percebemos ao chegar aqui que tudo era uma bagunça. Nós temos um setor de protocolo que já está fazendo muito bem o seu serviço, mas já são situações ultrapassadas. Vamos adotar o processo eletrônico interno do município. A Corregedoria é um instrumento de segurança da gestão pública que vai abarcar o controle interno e toda essa parte de prestação de contas e transparência, relacionamento com o Ministério Público, o Tribunal de Contas, com as secretarias, a Procuradoria. Vai estar dentro de um corpo, ligada ao gabinete do prefeito, mas com autonomia para trabalhar.

MN – O senhor declarou que pretende ser o prefeito que mais construiu casas em Pompeia. Como vai realizar isso?
DIOGO CESCHIM – É um grande desafio. Estamos às vésperas de uma grande obra em Pompeia, que é o desvio da rodovia SP-294 do Centro da cidade. Isso vai trazer um novo eixo de desenvolvimento urbano para região norte da cidade. É para lá que a gente está visando a expansão pelo Plano Diretor. Com as novas unidades habitacionais não será diferente. Temos tempo para fazer isso. É preciso pensar um plano estratégico de longo prazo para quando esse tempo chegue as coisas estejam mais ou menos encaminhadas para que o próximo prefeito não fique patinando, pensando no que fazer. Eu já estou buscando uma área para a gente já começar neste mandato a construção de casas habitacionais pelo CDHU. Já temos uma pré-liberação dessas unidades habitacionais. A única coisa que falta é apresentar a área com a matrícula do município. O déficit habitacional que nós temos em Pompeia é muito grande. A gente já vai ajudar muitas famílias a terem um sonho da casa própria realizado.
MN – De certa forma, o desvio rodoviário acabará por esticar Pompeia para o norte. Como desenvolver a cidade com responsabilidade socioambiental?
DIOGO CESCHIM – Pelo Plano Diretor. Eu estive na última audiência pública da Eixo e senti a preocupação ambiental. Tudo que é bem explicado e bem conversado, quanto menos dúvidas a gente deixar, melhor vai ser. Todo o progresso urbano de infraestrutura gera impactos ambientais, sociais e financeiros. É inevitável. Há supressão de nascentes, área nativa. A fauna tem uma diversidade biológica muito grande em Pompeia. A preservação tem que ser observada em um desenvolvimento planejado, que mantenha os recursos naturais visando a sustentabilidade. Muitos proprietários querem manter suas propriedades, outros veem uma oportunidade de negócio como loteamentos de chácaras. Temos vocação para investimentos, e o município tem que ser parceiro.
MN – Como o senhor tem acolhido a reação do comércio quanto à futura redução de movimento na cidade com a construção do desvio rodoviário?
DIOGO CESCHIM – É um impacto socioeconômico considerável. De fato, vai existir. Hoje, grande parte do setor de serviços dentro da cidade atende esse movimento. Na beira da rodovia nós temos oficina mecânica, borracharia, postos de combustíveis, restaurantes e lanchonetes. Porém, grande parte destes empreendimentos, também atende as empresas que estão dentro do município de Pompeia. A nossa proposta, que ainda está sendo levantada, é como minimizar esse impacto socioeconômico para os empresários que estão na beira da rodovia, prestando serviço direto aos transeuntes, aos motoristas, ao tráfego. Nós queremos apresentar uma proposta de mitigação de impacto oferecendo uma nova proposta para esse comércio que vai ser diretamente impactado.

MN – Quais são os planos do senhor para o distrito de Paulópolis?
DIOGO CESCHIM – Ainda as novas unidades habitacionais, uma das áreas que a gente está pensando é lá. Vamos fazer a negociação para desapropriação para um novo bairro em Paulópolis. A nova Indústria Jato gerou uma demanda muito grande de habitação. Aliás, vamos melhorar a forma a gestão da Subprefeitura de Paulópolis que hoje não tem orçamento. O distrito cresceu e costumamos dizer que é um bairro com vida própria.
MN – Em seu plano de governo há dezenas de obras e melhorias como a reativação do bosque municipal e a construção de um novo aterro sanitário. Quatro anos são suficientes?
DIOGO CESCHIM – Tenho como grande inspiração, entre os diversos líderes que passaram por esse país e que foram visionários e deram conta de fazer, um que se chama Juscelino Kubitschek. Ele, enquanto prefeito de Belo Horizonte, transformou aquela cidade em um canteiro de obras. Tudo com base no relacionamento que ele tinha com o governo, nos enfrentamentos duros e necessários que precisou fazer e na sua visão de longo prazo. Ele também foi um prefeito jovem. Então, quando o pessoal fala se vai dar tempo e vai ter dinheiro, eu sempre lembro dele. Se ele teve coragem de enfrentar e fazer, eu também terei. Posso não ter tempo de fazer tudo, mas tudo vai ter um início no meu mandato. Isso você pode ter certeza. Desde o aterro sanitário, ao bosque, as unidades habitacionais, ao distrito industrial, ao plano diretor. Desde a reforma do mini shopping, a valorização do comércio, o plano de carreiras e salários, do estatuto dos servidores, a educação, uma nova escola, eu vou dar início a tudo. Quem vier depois, se eu for reeleito ou não, se eu for disputar uma reeleição ou não, isso aí cabe aos planos de Deus. Mas eu só sei que eu tenho um prazo aqui para dar início a tudo isso que eu falei que eu ia dar. E você pode ter certeza, no dia 31 de dezembro de 2028, 100% daquilo que eu apresentei no plano de governo ou vai estar iniciado ou já vai estar concretizado.
