Mesmo sem função na integração, terminal urbano resiste

Em reforma mais uma vez, o terminal rodoviário urbano deve receber a ampliação da cobertura e ainda melhorias na zeladoria, segundo informou a administração municipal ao Marília Notícia, em matéria publicada nesta terça-feira (4).
Mais R$ 1,1 milhão será investido, com recursos do governo federal, em um equipamento público que, na teoria, não faz mais diferença para o sistema de integração do transporte coletivo urbano desde maio de 2013.
Este sistema já possibilita que um passageiro siga uma viagem entre um ônibus e outro sem necessidade de pagar por outra passagem, desde que o intervalo entre a primeira e a segunda não ultrapasse 60 minutos.
A integração permite a mudança de linha de um ônibus da Grande Marília (que atende zonas norte e leste) para a Sorriso de Marília (sul e oeste) e vice-versa. A gerência é de responsabilidade da Associação Mariliense de Transporte Urbano (AMTU).
“Do ponto de vista operacional, não existe necessidade de um terminal urbano, muito menos fechado, já que todos os veículos do sistema de Marília possuem integração temporal através da bilhetagem eletrônica”, afirma a AMTU, em nota.
A associação diz ainda que a manutenção de funcionários no terminal também impacta no valor da tarifa. Atualmente, o bilhete custa R$ 5,75. Estudantes e professores pagam R$ 2,87. Os valores não são subsidiados.
ESPAÇO MANTIDO
Apesar da vigência do sistema, a nova administração municipal manteve o terminal urbano em seu plano de manutenção. “É o que a gente tem hoje. Quero um espaço digno ao trabalhador”, afirmou o prefeito Vinicius Camarinha (PSDB).
Ainda que seja dispensável para o modelo de integração atual, o terminal é o destino de linhas de todas as regiões da cidade, mais os distritos, e utilizado principalmente para quem trabalha ou precisa ir ao centro da cidade, e vice-versa.
Inaugurado em 12 de novembro de 1988, o terminal coletivo urbano foi construído em antigas áreas residenciais da extinta Ferrovias Paulista S/A (Fepasa) para acolher os passageiros que ficavam à espera do ônibus nos pontos da rua Nove de Julho.

Quase quatro décadas depois, os usuários retornaram ao mesmo lugar, em frente às lojas onde havia o extinto supermercado Pastorinho, para tomar o ônibus pelo sistema de integração, e seguir viagem.
O terminal coletivo urbano tem o nome do primeiro bispo diocesano de Marília, dom Hugo Bressane de Araújo (1889-1988), falecido meses antes da inauguração. Antes das atuais concessionárias, o serviço foi oferecido pela Empresa Circular de Marília.
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