Rezende quer audiência urgente sobre Nota Paulista
O vereador Marcos Rezende e o deputado federal Walter Ihoshi, ambos do PSD, trabalham para agendar audiência urgente com o secretário estadual da Fazenda Hélcio Tokeshi e, se possível, com o próprio governador Geraldo Alckmin.
Eles defendem sistema mais simples para cadastramento de cupons fiscais que destinam recursos do programa Nota Fiscal Paulista para entidades assistenciais.
Requerimento neste sentido, de autoria de Rezende, foi aprovado pela Câmara de Marília na sessão da última segunda-feira (26). Rezende e Ihoshi também pretendem que o prefeito Daniel Alonso participe da audiência para ajudar a sensibilizar o governador.
“Queremos que o governador e o secretário avaliem melhor as modificações que o Governo do Estado pretende fazer no programa, que podem dificultar a destinação desses recursos, que hoje fazem frente a mais de 50% das despesas das entidades marilienses que estão cadastradas no Nota Fiscal Paulista”, alertou Rezende, ao agradecer a aprovação do requerimento.
Hoje, o consumidor deposita o cupom fiscal em urnas que as entidades deixam nos estabelecimentos comerciais e estes, através de grupos voluntários, fazem o cadastramento necessário para a obtenção dos recursos.
“O governo quer utilizar um aplicativo de celular que o consumidor terá de baixar, se cadastrar e indicar a entidade que pretende ajudar. As entidades e nós todos tememos que esse novo sistema leve as pessoas a deixar de contribuir, gerando insolvência das entidades que já vivem com extrema dificuldade”, acrescentou o vereador.
“Não tenho dúvida de que esse novo formato vai dificultar a distribuição dos recursos a essas entidades. Que continue da forma como está”, apoiou o vereador Luiz Nardi (PR) ao parabenizar Rezende pela iniciativa do requerimento.
Marília possui 32 entidades cadastradas no programa Nota Fiscal Paulista. Em abril último, o Município recebeu quase R$ 300 mil do programa, o que, distribuído equitativamente entre as entidades, daria de R$ 8 mil a R$ 10 mil para cada uma delas.
“Isso está ajudando a manter nossas entidades de portas abertas. Imaginem o que seria de Marília sem elas! Quantas pessoas dependem do atendimento social que elas oferecem?”, finalizou Rezende, expressando preocupação.