Golpe da maquininha faz caixa de morango custar mais de R$ 24 mil em Marília
Era para ser uma simples compra de morangos, em uma feira noturna, mas terminou em um prejuízo de quase R$ 25 mil para uma aposentada de 75 anos, moradora na zona leste da cidade. O caso foi registrado como estelionato na Polícia Civil de Marília e engrossa denúncias que podem indicar fraude em máquinas de cartão “preparadas” para furtar informações bancárias.
A reportagem do Marília Notícia mostrou caso semelhante, em um cruzamento próximo a uma feira livre na região central. A vítima, também idosa, descobriu movimentações suspeitas na conta e atribui os desvios a terceiros, que podem ter agido após o uso do cartão junto aos desconhecidos.
No novo caso, a vítima contou que foi até a feira noturna perto de sua casa, no bairro Aeroporto, na sexta-feira (27) e se interessou em uma bandeja de morangos, no valor de R$ 15.
Ela tentou pagar na função de débito e chegou a passar o cartão, mas o vendedor alegou que a máquina estava com problema de sinal e que a transação não havia sido concluída. Diante disso, acabou por pagar em dinheiro.
Poucos minutos depois, ainda na feira, foi abordada por uma outra pessoa, que disse ter sofrido situação semelhante e que havia percebido débitos indevidos no cartão logo após tentar fazer a compra de morangos.
Preocupada, a idosa verificou seu aplicativo bancário e descobriu que, enquanto tentava pagar os R$ 15, três transações na função crédito haviam sido realizadas, totalizando R$ 24.915.
Os lançamentos indevidos foram de R$ 9.915, R$ 7.000 e R$ 8.000. Quando voltou ao local para tentar encontrar o vendedor, ele já tinha ido embora.
No dia seguinte, a vítima entrou em contato com o banco e realizou a contestação das compras. Por orientação da instituição financeira, registrou o boletim de ocorrência para tentar processo de estorno.
AMBULANTES
Os casos estão sendo apurados pela Polícia Civil, que alerta a população sobre esse tipo de golpe muito comum em imediações de feiras e locais com vendedores ambulantes.
Em geral, comerciante de feira livre é identificado inclusive por cadastro municipal. Importante desconfiar de possíveis “vendedores apêndices”, que parecem fazer parte da feira, mas podem estar no local de forma oportunista.