Dicas de arquiteta: Os problemas de optar por cubas de sobrepor
Ao projetar uma cozinha, cada detalhe faz a diferença, e a escolha da cuba é um dos elementos centrais desse ambiente. Como arquiteta, tenho o compromisso de garantir funcionalidade, estética e durabilidade nas minhas indicações, e por isso, evito recomendar cubas de sobrepor para cozinhas.
A cuba de sobrepor, como o próprio nome sugere, é instalada sobre a bancada, criando uma borda elevada em torno de sua superfície. Embora tenha seu apelo estético em algumas situações, essa característica pode trazer desafios práticos no dia a dia de uma cozinha.
- Dificuldade de limpeza e manutenção
A borda da cuba de sobrepor acaba sendo uma área propensa ao acúmulo de resíduos e sujeira, especialmente ao redor da junção entre a cuba e a bancada. Em cozinhas, onde a higienização precisa ser ágil e eficiente, isso pode ser um fator que dificulta a manutenção. A longo prazo, essa junção pode se tornar um ponto vulnerável para o aparecimento de mofo ou acúmulo de gordura, exigindo maior esforço na limpeza.
- Desgaste da bancada
Outro ponto crítico é o desgaste que a borda da cuba pode causar na superfície da bancada. Com o uso constante, a área ao redor da cuba de sobrepor pode começar a apresentar sinais de desgaste ou mesmo infiltração, principalmente em bancadas de materiais mais porosos, como madeira ou mármore. Isso compromete tanto a durabilidade quanto o visual da cozinha ao longo do tempo.
- Soluções mais eficientes
Por esses motivos prefiro indicar cubas de embutir. Elas são opções mais práticas e se integram perfeitamente à bancada, eliminando as bordas visíveis e facilitando a limpeza.
Escolher a cuba certa é uma decisão que vai além da estética, e deve ser guiada pela funcionalidade e pelo uso cotidiano.