Prefeito Daniel Alonso demite Renê Fadel da Codemar
Presidente da Codemar (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília) desde o início do ano, Renê Fadel foi demitido ontem (6) pelo prefeito Daniel Alonso (PSDB). A publicação da demissão está no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (7).
Ouvido pelo Marília Notícia, o prefeito garantiu que se trata de uma “restruturação da equipe” e que a substituição acontece porque Fadel não teria atingido uma meta imposta pelo chefe do executivo.
“Todos têm metas a cumprir. Gosto muito do Fadel, deu o melhor de si, foi um gigante, mas a meta para a Codemar é muito alta. Hoje a cidade tem muito menos buracos do que antes de assumirmos, mas ainda temos muitos e eu preciso de agilidade, alta produtividade e qualidade”, disse o prefeito ao MN.
Daniel disse ainda que a rápida troca é uma “vantagem dos cargos comissionados, agilidade na reorganização”. A meta citada por Daniel não foi especificada pela Prefeitura.
O vice-prefeito Tato Ambrósio, que indicou Fadel para o cargo, disse ao MN que considera a decisão “mais uma grande surpresa”. Tato informou que está viajando no feriado e irá se inteirar sobre o fato assim que chegar em Marília. “Fadel fazia um excelente trabalho, é realmente uma surpresa”.
A decisão de demitir o presidente da Codemar, aliado de Tato, expõe de vez o racha político entre prefeito e vice em Marília.
Recentemente Daniel chegou a chamar Tato de ‘louco’, como revelou o editor Gabriel Tedde em sua coluna no MN.
Semanas atrás a Codemar divulgou que parcelou todas as suas dívidas e, assim, obteve as CNDs (Certidões Negativas de Débitos). Essa foi considerada a maior conquista de Fadel no cargo.
Com estas certidões, a Codemar já pode negociar e ser contratada por qualquer empresa pública ou privada para realizar seus serviços de pavimentação.
O total de dívidas da empresa era de R$ 27 milhões, valor este que foi levantado em janeiro quando a atual diretoria assumiu. O fato foi comemorado por boa parte dos marilienses.
O custo mensal da empresa atualmente é de R$ 1 milhão mensais investidos em pagamentos com a folha salarial, fornecedores, encargos e refinanciamentos.