Crise hídrica faz Garça adotar ação para abastecimento
A crise hídrica já é fato em Garça (distante 35 quilômetros de Marília). Somente a chuva pode aumentar a situação dos reservatórios.
Sem previsão de pancadas significativas até setembro, o sistema de abastecimento de água do município já atingiu a capacidade mínima limite.
Para se ter ideia da realidade local, em junho choveu 78,1 milímetros, 22% a menos que no mesmo período do ano passado.
Em julho, foram 5,7 milímetros, queda de 42% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Em agosto do ano passado choveu 97,1 milímetros. Neste ano, no entanto, não choveu uma gota sequer.
O Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (SAAE) tem trabalhado no enfrentamento da crise com o que chama de “operação estiagem”.
A situação crítica tem sido tratada com seriedade. Para evitar que falte água no município, além da setorização da cidade que vai possibilitar o controle da distribuição de água pelo município – ao evitar que alguns pontos da cidade tenham água e outros não – até setembro, o SAAE vai captar, ainda que de forma emergencial, a água do Sistema Aquífero Guarani, com aluguel de bomba e de gerador para funcionamento do poço tubular profundo.
No entanto, atrelado a isso, é importante que a população também faça sua parte, e coloque em prática lições de casa para o consumo consciente e racional da água.
Conforme o diretor do SAAE, André Pazzini Bomfim, na contramão da “operação estiagem” e de todos os esforços empreendidos, existem situações que fogem ao controle da autarquia, como furtos dos cabos de energia elétrica, de painel de controle, queda de energia e vazamentos de esgoto que comprometem todo um sistema de abastecimento.
“Vivemos, além da crise hídrica, uma crise social. Cada vez que um cabo é furtado, todo o sistema se desestabiliza. O momento é crítico. A crise hídrica é uma realidade e nos coloca em alerta, mas contamos com a colaboração de todos para passarmos por ela da melhor maneira possível”, conclui.