‘Com 22 anos, garoto vindo do Marília ganhando a bola de prata’, lembra Márcio Rossini

Antes de brilhar nos gramados, Márcio Rossini iniciou sua carreira na natação pelo Yara Clube, onde chegou a disputar o Troféu Brasil. No entanto, sua paixão pelo futebol o levou a mudar de rumo, contrariando a vontade do pai, que desejava vê-lo seguir no primeiro esporte.
Ainda adolescente, Rossini dividia-se entre os treinos na piscina e partidas de futebol na Fazenda Cascata. Sua ascensão no futebol foi meteórica atuando pelo Marília Atlético Clube (MAC). Em 1975, deixou definitivamente a natação e passou a se dedicar exclusivamente em campo. Começou aos 15 anos e aos 17 anos já era titular do time profissional.
O destaque pelo Marília fez com que fosse comprado pelo Santos, onde atuou por sete anos e recebeu o apelido de “Xerife da Vila”. Pelo clube da Vila Belmiro, viveu momentos marcantes, como a conquista do Campeonato Paulista de 1984 e o vice-campeonato brasileiro de 1983, quando o time só perdeu a final para o Flamengo de Zico.
Rossini jogou 13 partidas pela Seleção Brasileira principal, disputou uma Copa América e marcou um gol contra a Suécia. O ex-zagueiro concedeu uma entrevista para o Marília Notícia e contou um pouco de sua trajetória, inclusive o período em que defendeu o Bangu, do bicheiro Castor de Andrade.
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MN – Como foi o início da sua carreira?
Márcio Rossini – Eu sou mariliense. Tive uma trajetória até diferente dos demais jogadores, pois eu iniciei no esporte como nadador, no Yara Clube. Inclusive disputei Troféu Brasil. Eu já estava numa pegada forte no Yara Clube. Meu pai, como era diretor, queria que eu continuasse na natação, mas o meu prazer mesmo era jogar futebol. Eu saía do treino da natação e ia jogar futebol. Meu pai não gostava. Ele queria que eu que eu me dedicasse na natação.
MN – O senhor jogava bola em que lugar em Marília?
Márcio Rossini – Eu jogava bola ali na Fazenda Cascata. A gente tinha um um time de infância ali. Jogava no Liberdade. Saía do treino da natação e ia jogar futebol. Era meu sonho e a minha ascensão foi muito rápida. Com 15 anos, entrei no Maquinho e com 17 já cheguei no time profissional. Foram dois anos apenas na categoria de base.
MN – Sempre foi zagueiro?
Márcio Rossini – Não. No Liberdade, era meia-direita. Jogava no ataque, mas depois começaram a chegar demais em mim. Decidi jogar lá atrás, até porque eu era grandão, forte. Eu jogava bem na meia também, chutava forte, batia de longe, fazia bastante gol, mas me adaptei melhor na zaga. A natação também me desenvolveu muito, principalmente o condicionamento físico.
MN – Em que ano deixou a natação e ficou só no futebol?
Márcio Rossini – Isso aí foi 1975. Entre 77 e 78, já subi para categoria principal do Marília. Foi uma uma passagem rápida pela base. Apenas dois anos no Maquinho e já fui titular do Marília. Meu pai não queria que eu jogasse futebol, dizia que não daria em nada. Ele queria que eu trabalhasse, mas pedi uma chance de tentar até os 20 anos. Com 17 já estava no profissional.

MN – Seu pai fazia o quê?
Márcio Rossini – Meu pai era marceneiro. Ele faleceu há uns dois anos. Inclusive eu ia ajudar ele na marcenaria. Ele queria que eu que eu trabalhasse porque, naquela época, jogador de futebol não era bem visto. Jogador de futebol era considerado folgado e vagabundo. Graças a Deus tive esse caminho do futebol.
MN – O MAC foi campeão da Copinha em 1979, mas apesar de fazer parte do grupo, você não disputou aquela competição?
Márcio Rossini – Não, eu não estava. Tinha sido convocado e estava com a Seleção Brasileira. Inclusive, esse é um fato inédito para a cidade. Eu, Jorginho e Paulo César. Três atletas do Maquinho sendo convocados pela Seleção Brasileira. Isso é um fato inédito e ninguém dá valor. Ninguém põe uma foto dessa lá no Abreuzão. Isso aí não vai acontecer nunca mais. Se um for convocado, jogando no Marília, já vai ser muito difícil, mas foram três. O time era forte, pois mesmo sem nós três, o Marília foi campeão. Imagina você perder o goleiro, o zagueiro e o atacante principal, que era o Jorginho?
MN – O senhor não foi campeão, mas fazia parte daquele grupo. Se sente campeão?
Márcio Rossini – Nos sentimos porque fizemos parte. Nós jogamos alguns jogos do Campeonato Paulista, até porque a gente já participava do profissional, mas o importante foi o título. Um título inédito também para Marília. Eu disputei o Sul-Americano em 1979 e o Pré-Olímpico na Colômbia, no começo de 1980. Eu e o Jorginho. Não só na base, como no principal, sempre tive o Jorginho como meu parceiro na Seleção Brasileira.
MN – Ficou até que ano no Marília?
Márcio Rossini – Em Marília, eu joguei o Campeonato Paulista de 1978 e 1979. Em 1980, quando disputei o Pré-Olímpico na Colômbia, fui negociado com o Santos. Eu tinha acertado com o Vasco. Já estava praticamente certo, mas quando estava na Seleção, o Nabi Abi Chedid entrou na parada. Ele era o presidente da Federação Paulista de Futebol e não queria que jogadores jovens saíssem do Estado de São Paulo. Foi quando o Santos entrou na parada.
MN – Logo após o Pré-Olímpico o senhor já foi para o Santos?
Márcio Rossini – Quando eu retornei do Pré-Olímpico, só passei aqui em Marília, peguei minhas coisas,na chuteira e já fui para a Vila Belmiro.

MN – Ficou quantos anos no Santos?
Márcio Rossini – Fiquei sete anos no Santos. Antigamente a gente ficava bastante tempo. O Jorginho ficou 10 anos no Palmeiras. Eu cheguei como um garoto do interior e também me sinto um “menino da Vila”. Cheguei com 19 anos.
MN – Quais eram suas características como atleta?
Márcio Rossini – Eu sempre me destaquei principalmente nas bolas aéreas. Na dividida, que eu era forte também, encarava Serginho Chulapa, quando tinha 17 anos. Não era fácil.
MN – Depois jogou com ele?
Márcio Rossini – Joguei com ele. A gente se encontrou no Santos. Fomos campeões paulista em 1984 pelo Santos.
MN – E como que foi jogar no Santos? Chegou a conhecer o Pelé?
Márcio Rossini – No Santos foi diferente. Quando eu cheguei, em um dos primeiros treinos, o Pelé foi lá na Vila. Foi um início de ano, início de temporada. Ele chegou para treinar com a gente. Quando ele chegou, já quis tirar uma foto. Não sabia quando ia ver de novo. Ainda não sabia se ia ficar muito tempo no clube. Foi um orgulho muito grande chegar no Santos, no time do rei.

MN – Assim que chegou, o senhor morou no estádio?
Márcio Rossini – Você vê a situação de hoje e antigamente era bem diferente. Quando eu cheguei, fiquei morando três meses de debaixo da arquibancada na Vila Belmiro, já jogando pelo profissional. Não era fácil não. A coisa era difícil. Hoje tem uma mordomia danada, mas antigamente não era mole. Morava debaixo da arquibancada, sem ar-condicionado, sem nada. Já comecei como titular e então me arrumaram um apartamento. Depois, moravam três, quatro, cinco no apartamento. É bem diferente da realidade de hoje.
MN – Quem eram os seus companheiros no Santos?
Márcio Rossini – Os Meninos da Vila eram João Paulo, Milton Batata e eu cheguei junto com o Marola. A gente foi pra Seleção Brasileira juntos. O Claudinho, que era centroavante do Santos, também estava na mesma Seleção no Pré-Olímpico. A adaptação foi fácil e o time era forte.
MN – Conquistaram algo naquele primeiro ano?
Márcio Rossini – Nós fomos vice-campeões em 1980, no primeiro ano que cheguei lá. Eu joguei o campeonato praticamente todo, só que me tiraram na final. Acharam que eu era garoto e que não ia dar conta do recado. Nessa final, contra o São Paulo, o Pepe me sacou e colocou o Neto, achando que eu não ia dar conta. Moleque de 19 anos, chegando do interior. Fui sacado e o Santos perdeu. Quem sabe a história poderia ter sido diferente, né?
MN – Mas o São Paulo também era um time forte?
Márcio Rossini – São Paulo é um time forte. São Paulo tinha o Careca. Não era fácil. Os times eram muito fortes.
MN – Quem eram os principais atacantes que você marcou? Os mais difíceis da sua carreira?
Márcio Rossini – Em termos de força, Serginho Chulapa. Em termos de habilidade, Reinaldo e Careca. Os dois eram bem diferentes. Em 1983, nós jogamos a semifinal do Brasileiro contra o Atlético Mineiro. O Reinaldo era era bem diferente. Ele e o Careca eram dois jogadores habilidosos. Você não sabia o que ia acontecer, para onde que eles iam sair. Dois jogadores rápidos, de velocidade e habilidade. Era bem difícil marcar esses dois. O Muller no São Paulo também. O Careca foi pro Napoli, foi campeão na Itália, Seleção Brasileira.
MN – O senhor chegou a jogar a Libertadores da América?
Márcio Rossini – Nós jogamos a Libertadores. Fomos vice-campeões do Brasileiro em 1983 e disputamos a Libertadores em 1984, mas não fizemos uma boa campanha. O pessoal batia mesmo e o futebol brasileiro era mais cadenciado. Você ia jogar contra time da Argentina, do Paraguai ou do Uruguai. O Uruguai era muito forte na época. Então era muito difícil.

MN – O senhor disputou uma Copa América pela Seleção Brasileira?
Márcio Rossini – Foi excelente, porque eu tava numa fase boa. Nós fomos vice-campeões do Brasileiro. Perdemos o título para o Flamengo do Zico, mas meteram a mão. Me tiraram da final. Tiraram eu e os dois volantes. Nós ganhamos no Morumbi, por 2 a 1, mas perdemos de 3 a 0 no Maracanã. Se fosse com o time completo, teríamos mais chance. Inclusive, em 1983, ganhei a Bola de Prata como melhor zagueiro do Brasil. Por isso, fui convocado para a Seleção Brasileira, disputando a Copa América. Fomos vice-campeões e o Uruguai foi campeão. Nós perdemos no Uruguai de 1 a 0 e empatamos, jogando na Bahia, por 1 a 1, com o Uruguai sendo campeão.
MN – Como foi chegar na Seleção Brasileira principal?
Márcio Rossini – Foi um sonho. Com 22 anos, garoto vindo do Marília, do interior, ganhando a Bola de Prata, melhor zagueiro do Brasil, sendo convocado pra Seleção Brasileira. Foi um sonho realizado. E o mais importante que eu fui titular em todos os jogos. Todos os jogos da Seleção Brasileira. Fiz 13 jogos, todos como titular.
MN – E naquela época a concorrência era forte?
Márcio Rossini – Era muito forte. Luiz Pereira, Edinho, Oscar, Rondinelli, Luizinho, Mozer. Era pesada a concorrência.
MN – O que faltou para ir para uma Copa?
Márcio Rossini – Faltou uma sequência na Seleção, porque antigamente não tinha essa sequência que tem hoje. A Copa América era muito rápida e as Eliminatórias também. Eu fui convocado até 85, mas teve uma paralisação muito grande. Em 1985, quando começaram as Eliminatórias, o Santos estava numa fase ruim. O treinador mudou. Quando eu fui era o Parreira, mas então veio o Edu, irmão do Zico. Como o Santos estava numa fase ruim, acabei ficando fora, pela má fase que o Santos estava no ano de 85, porque desmontou o time. Praticamente desmontaram o time de 83 e de 84.
MN – Chegou a marcar um gol pela Seleção Brasileira?
Márcio Rossini – Tivemos uma excursão pela Europa, antes da Copa América. Eu fiz um gol e o Jorginho fez um gol também. Nós fizemos um gol no mesmo jogo. Foi 3 a 3 contra a Suécia. No mesmo jogo, os dois marilienses marcando gol. Pra você ver que Marília tem história, mas cadê essa história? Praticamente poucos marilienses sabem dessa história. Estão deixando dentro de uma caixinha essa história tão bonita. Quantos jogadores de Marília chegaram na Seleção Brasileira? Ninguém valoriza, ninguém fala e ninguém dá valor.
MN – Costuma assistir algum jogo na Vila Belmiro ou em algum outro lugar onde você foi jogador?
Márcio Rossini – Vou principalmente em Santos, onde eu me identifiquei mais. Eu era conhecido como o ‘Xerife da Vila’. Inclusive esses dias eu falei com o Marcelo Teixeira. Falou para eu ver o dia que eu queria ir ver um jogo, agora com o retorno do Neymar. Tenho uma história muito boa dentro do Santos. Até pouco tempo atrás eu era o zagueiro com mais gols pelo Santos. Fiz 15 gols. Só o Edu Dracena, o Alex e o David Braz que têm mais gol do que eu. A gente tem uma história muito boa. Quando estava no Santos, Milton Teixeira, o pai do Marcelo Teixeira, que era o presidente. O Marcelo era garotinho e ia com a gente. Então, a gente tem uma relação muito boa.
MN – A chegada do Neymar mudou o patamar do Santos?
Márcio Rossini – Com a chegada do Neymar, pode ter certeza que já já o clube vai virar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
MN – O senhor acha que esse é o caminho? Se tornar SAF é a salvação para os times?
Márcio Rossini – Eu acho que é o caminho, porque o futebol hoje está muito caro. Ainda mais o Santos. Queira ou não, é um time grande, mas é um time do interior. A Vila Belmiro é praticamente do tamanho do Abreuzão aqui. A capacidade é pouca e a arrecadação é menor. Com a chegada do Neymar, pode ter certeza que o Santos vai mudar de patamar. Já estão falando em construir uma nova arena.
MN – A questão salarial era bem diferente de hoje em dia?
Márcio Rossini – A diferença é gritante. Tão gritante que, em 18 anos de futebol, não ganhei o que um cara hoje ganha em um mês. Quando eu comprei meu primeiro apartamento, em Santos, foi financiado em 15 anos. Isso foi em 1984. Eu já estava praticamente quatro anos como titular no Santos, já com passagem pela Seleção Brasileira. Consegui dar uma entrada e parcelar em 15 anos. Você vê que hoje os caras compram um por mês.

MN – Como foi jogar no Bangu na época do Castor de Andrade?
Márcio Rossini – Fiquei três anos e meio no Bangu. O que eu ganhei no Bangu em três anos e meio, foi mesma coisa de sete anos de Santos. O Bangu foi vice-campeão brasileiro, ia disputar a Libertadores. O Castor foi lá em Santos para me contratar. A conversa demorou cinco minutos. Chegou ele e o Moisés, que jogou no Corinthians. Eu estava esperando, junto com um diretor do Santos. O Castor pediu para eu me levantar, pois queria ver meu tamanho. Ele brincou que se eu não jogasse nada, podia ser segurança dele. Ele perguntou qual era o valor do passe e fez um cheque na hora. Já fez outro cheque de 15% do valor para mim, me deu a mão e foi embora. Isso foi numa sexta-feira e ele falou que queria que eu estivesse no domingo no Bangu.
MN – Além do senhor, outros nomes também foram contratados?
Márcio Rossini – Contrataram o Mauro Galvão do Internacional, tinha o Marinho, Arturzinho que jogou no Corinthians, o Gilmar que jogou no Palmeiras. O time era muito bom. Fiquei três anos e meio em Moça Bonita e só perdi um jogo lá.
MN – É verdade que o Castor de Andrade pagava bicho até no treino?
Márcio Rossini – Verdade. No Bangu era diferente de tudo. O Castor fazia de tudo pelo time. Tinha dia que o pessoal relaxava no treino e eu ligava pra ele: ‘doutor, os caras estão moles aqui’. Então ele vinha, dava uma dura, falava que tinha bicho no treino e pronto! O time voava.
MN – Como era o ambiente no clube sob o comando dele?
Márcio Rossini – Ele mandava em tudo. Se não gostasse de um jogador, mandava embora. A estrutura era diferente. O bairro todo vivia em torno dele, entre o clube e a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
MN – Como era essa proximidade com o Castor?
Márcio Rossini – Ninguém mexia com a gente. Podia andar tranquilamente por lá, que bandido nenhum fazia nada com a gente, pois éramos do time do homem. Quando nós fomos disputar uma Libertadores, pelo Bangu, foram com a gente o Carlinhos Maracanã, que era da Portela, Luizinho Drumond, da Imperatriz Leopoldinense, e o Castor de Andrade. Os três estavam com o Bangu. Eles viajaram com o time para o Equador. Quando entravam no elevador, nenhum dos três apertava o botão. Eles faziam aposta, para adivinhar em qual andar o elevador iria parar. Era um prédio de 12 andares e cada um apostava em quatro.
MN – Depois do Bangu, o senhor jogou no Internacional e outros clubes do Brasil e México?
Márcio Rossini – Foi um período complicado. Já estava com 31 anos e comecei a ter problemas de contusão. O time não estava bem e fizemos um Campeonato Brasileiro ruim. Em 1991, vim para o Noroeste. Foi uma fase boa, ajudamos o time a subir. Fui para o Tigres em 1992. Na época, o futebol mexicano já pagava melhor do que o Brasil. Aqui eu ganhava muito pouco. Lá eu fui para ganhar três mil dólares. Voltei em 1994 e passei pela São Carlense, antes de encerrar a carreira no MAC.
MN – O senhor parou como jogador e partiu para se tornar treinador?
Márcio Rossini – Fiquei 10 anos como técnico. Dirigi o Marília, Garça, Noroeste, América de Rio Preto, Mirassol, Olímpia, União São João de Araras, Vila Nova de Goiás. Estava numa sequência boa como treinador, mas meus pais tiveram problemas de saúde e eu parei para cuidar deles. Dei a preferência para cuidar da família. Morando em Marília, eu parti para escolinha de futebol. Trouxe a franquia do Santos para Marília.

MN – Nos últimos anos, o MAC fez boas campanhas na primeira fase, mas falhou no mata-mata. O que é preciso para avançar?
Márcio Rossini – Nessa fase mais aguda, você tem que trazer uns jogadores de A2 ou de A1. Você pega quatro feras, gasta um dinheiro, mas com certeza vai subir. Você tem que ter bala para poder trazer esses quatro para resolver o problema. Traz um matador, dois jogadores de meio de campo, você resolve o seu problema.
MN – Você jogou no MAC, foi técnico do time e é da cidade. O que falta para o time voltar a ser o que já foi?
Márcio Rossini – Como eu falei, o futebol é hoje é muito caro. Tem que dar uma mudada, porque o pessoal que está tocando, não tem condição. Precisa de investimento. Se não tiver dinheiro, não consegue. Quanto tempo essa diretoria está no MAC? Cinco anos ou seis anos? É sempre assim, começa bem, em primeiro lugar, mas chega no mata-mata, não ganha e não sobe. Eu acho que já está na hora de mudar a administração. Precisa pegar uma pessoa que tenha uma condição financeira para poder colocar o MAC em outro patamar. Se você é maqueano, se você diz que é maqueano, você libera. Se você não consegue subir o time, deixa outros entrarem.
