Daniel diz que decisão de Camarinha é “uma piada”
O prefeito eleito Daniel Alonso (PSDB) classificou como “uma grande piada” as decisões anunciadas hoje pelo atual prefeito Vinícius Camarinha (PSB) em coletiva de imprensa.
Vinícius enviou nesta terça-feira (25) para a Câmara Municipal o polêmico e esperado projeto de lei que institui o plano de carreira dos funcionários públicos municipais [saiba mais aqui].
“É uma pena. A gente já esperava por isso e talvez venham outras ‘surpresas’. A extinção de cargos comissionados desse modo é uma grande piada. Porque não fez isso no começo do governo? Aliás, se ele fizesse isso hoje eu até daria um pouco de crédito. Mas a partir de 28 de dezembro? É um absurdo. Uma piada. Não tem cabimento, ele acha que está enganando quem?”, desabafou Daniel.
Segundo Alonso, as duas medidas já eram previstas em sua proposta de governo. “Eu sempre deixei claro a necessidade de implantar um plano de carreira com critérios. Um projeto elaborado a várias mãos. É fundamental ouvir os servidores, das diferentes classes, isso não se faz do dia para noite. Da forma como foi feito não foi ouvido ninguém. É muito estranho, queria saber qual é a motivação disso”, disse o futuro prefeito.
Vinícius se defendeu na coletiva das acusações de querer utilizar o projeto politicamente afirmando que isso já constava na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) aprovada no ano passado.
Na prática, o projeto representa um custo maior para administração, que em tese ficaria ‘engessada’ nos próximos quatro anos.
“É igual o camarada que tá chupando uma laranja e fala ‘espera, deixa eu chupar tudo e te dou o bagaço’, é o que o prefeito atual está fazendo. Ele vai me dar só o bagaço. É um absurdo. Durante esses quatro anos ele usufruiu dos comissionados e em dezembro faz isso? Inclusive recentemente fez várias nomeações em que as pessoas não tinham competência técnica para assumir o cargo. Como pode? Pura hipocrisia”, atacou Daniel.
Alonso ainda reclamou que não foi procurado por Vinícius Camarinha. “Porque não veio conversar? Qualquer decisão agora reflete no futuro. Se tivesse a nobreza e grandeza de um homem público me chamaria para dialogar”, finalizou o empresário.