Homem faz relato terrível sobre estupro da namorada
Na última terça-feira (16) um internauta anônimo usando o nickname ‘Angry Man’ publicou no Twitter uma série de posts relatando uma história estarrecedora.
Tudo começou quando ele publicou um link do Washignton Post que contava sobre a condenação de Aaron Thomas à prisão perpétua, após ele ter se declarado culpado por estupros ocorridos a partir da década de 90 na Virgínia e em Maryland, nos Estados Unidos. Segundo as informações da matéria, o homem que está detido, ainda seria responsável por mais de uma dúzia de estupros entre de 1990 a 2009 em Virginia, Maryland, Rhode Island e Connecticut.
Junto à matéria, “Angry Man” escreveu um desabafo: “Este cara aqui é maligno. Seu ato de violência em 1998 impactou a minha vida e a de alguém que eu amo”.
Em seguida iniciou o relato do que aconteceu com sua namorada há 18 anos, na noite de 10 de julho de 1998. Ele inicia: “Nunca ouvi nenhum outro homem discutindo sobre o impacto que o estupro sofrido pela mulher que ele ama teve sobre ele. Mas eu vivi isso e me sinto na obrigação de compartilhar”.
Nas publicações a seguir ele relata de forma estarrecedora o estupro sofrido por sua namorada um dia antes de seu aniversário de 26 anos e sobre como o fato modificou toda sua vida. A mulher estava planejando uma festa de aniversário para ele e foi atacada quando entrava em seu apartamento. Na ocasião ele estava em um jogo de baseball com amigos “se divertindo, bebendo e fumando”, conforme ele mesmo escreve nos tuítes.
Nos textos publicados ele conta sobre como a culpa por não ter estado ao lado da mulher naquela noite e não ter impedido o que aconteceu o devasta até hoje.
“Meu amor está ferido. Eu não estava lá. Não estava lá para impedir que aquilo acontecesse. Meu Deus, por quê? Nunca em minha vida sofri tanto: eu não estava lá para impedir que ela fosse estuprada”, escreveu.
Era 10 de julho de 1998, um dia antes do meu aniversário. Eu estava com amigos em um jogo de baseball me divertindo e bebendo. Minha namorada da época estava planejando uma festa surpresa para o meu aniversário, mas claro que eu não sabia disso na época. Bem, cheguei em casa por volta das duas da manhã e admito ter dirigido bêbado e que não deveria estar onde eu estava.
Nós morávamos juntos e quando me aproximei do meu condomínio, vi um monte de viaturas da polícia. Eu estava bêbado, portanto fiquei assustado. Não quis sair do carro e correr o risco de ser pego no bafômetro, então estacionei e fiquei lá por uns 30 minutos esperando até que caí no sono. Acordei por volta das 4 da manhã com uma ligação da irmã da minha namorada. Quando atendi, ela gritou: ‘Onde você está?’. Eu disse: ‘Estou aqui, passei por viaturas e estacionei perto do condomínio’.
Enquanto eu subia as escadas correndo vi pedaços de um vestido que eu havia comprado para minha namorada. Meu coração disparou. Cheguei na porta do meu apartamento e a polícia estava colhendo impressões digitais. Disse a eles quem eu era, mostrei minha identidade a me permitiram entrar. Quando entrei encontrei minha garota encolhida no chão, deitada em posição fetal coberta por um roupão. Me aproximei, ela estava tremendo. Fiquei perguntando o que tinha acontecido, mas ela não respondia e apenas chorava. A irmã dela me puxou para o banheiro e me contou tudo.
Quando ela chegou em casa e colocou a chave na fechadura ouviu passos rápidos. Um homem a agarrou pelas costas e começou a enforcá-la. Ele tentou empurrá-la para o apartamento, mas ela lutou. Então ele a arrastou por dois andares de escadas e saíram do prédio. Uma vez fora, ele a bateu e a arrastou para trás do prédio em uma área cheia de árvores. Então a estuprou e a espancou. Também roubou sua bolsa e chaves e fugiu no carro dela.
Quando minha cunhada me contou aquilo, desabei. Voltei e tentei abraçar minha namorada, mas ela gritou. ‘Meu amor está ferido. Eu não estava lá. Não estava lá para impedir que aquilo acontecesse. Meu Deus, por quê?’. Nunca em minha vida sofri tanto: eu não estava lá para impedir que ela fosse estuprada.
A irmã dela conseguiu convencê-la a se levantar para ir ao hospital e fomos silenciosamente. Me sentei na sala de espera enquanto ela fazia os exames. Quando fomos para casa a mãe dela chegou com as outras irmãs e a cobriram de amor. No entanto ela não permitia que eu me aproximasse. Apenas sentei lá… despedaçado… não havia nada que eu pudesse fazer. A toquei gentilmente e ela pulou e começou a chorar.
Troquei a fechadura da porta, fiz boletim de ocorrência pelo roubo do carro, liguei pro seguro, liguei para os meus pais. Ela não me dirigiu a palavra por quase duas semanas.
Por 18 meses vivemos um inferno. Fiz de tudo por ela. Não me aproximei para sexo pois sabia que estava traumatizada. Depois deste tempo tentei abraçá-la e ela tremeu e começou a chorar incontrolavelmente. Ela recusava qualquer sugestão de terapia.
Dois anos depois daquela noite nós terminamos. Estivemos juntos por três anos antes que aquela terrível noite acontecesse. Eu ainda penso naquela noite e ainda dói demais. Eu não estava lá para protegê-la, estava fora com amigos em um jogo de baseball, bebendo e fumando. É claro que não havia nenhuma maneira de saber que aquilo aconteceria, mas ainda me sinto mal a respeito.
Eu não estava lá. A vida mudou. Eu mudei. Eu nunca mais deixei que qualquer mulher com quem namorei andasse sozinha quando achei que poderiam correr algum risco.
Fonte: Hypeness