Com menos máscaras, marilienses aquecem mercado da beleza
Mostrar o sorriso voltou a ser um privilégio, com o fim da fase crítica de transmissão da Covid-19 e da obrigatoriedade do uso de máscaras faciais. Mas para “fazer a make”, muita gente está indo às compras. O varejo de produtos especializados sentiu o apetite das consumidoras e já apresenta números positivos.
Segundo o market place Consulta Remédios, o primeiro trimestre registrou 65% de crescimento na venda on-line de produtos de maquiagem nas 4,3 mil farmácias que integram a plataforma, em relação ao mesmo período de 2021. Na mesma base de comparação e considerando a categoria de higiene e beleza, a alta foi de 51%.
“Percebemos que, entre o final do ano passado e o começo deste, com a diminuição progressiva do uso de máscaras, houve uma demanda bem maior por maquiagem”, destaca Ruan Barbosa, diretor de marketing da Consulta Remédios.
Em Marília, o movimento crescente já pode ser visto nas lojas. As especializadas apontam crescimento no interesse de todos os itens, mas a maquiagem lidera o segmento.
A servidora pública Lígia Ferreira conta que, no início da pandemia, trabalhou em home office e acabou não usando maquiagem. “Quando retornei ao presencial utilizava, mas apenas a maquiagem de olhos, ou seja lápis, delineador, máscara de cílios e lápis para sobrancelhas”, afirma.
Mesmo com a máscara, ela não deixou de utilizar produtos para a face e cuidados com a pele. “Acho relaxante fazer a maquiagem de manhã e a retirada no final do dia. E no dia a dia não atrapalha, pois faço algo básico”, explica.
Lígia conta que ainda faz o uso da máscara – principalmente em locais fechados ou com muitas pessoas -, mas como aumentou a frequência das saídas noturnas, agora utiliza bem mais a maquiagem.
“Estou voltando a usar produtos como corretivo, blush e batom. Acabam sujando a máscara, então uso com moderação, mas aos poucos vamos recuperando o hábito”, observa.
MENOS MÁSCARAS, MAIS MAQUIAGEM
A associação entre a proteção facial e os produtos para a face fica clara quando se constata uma queda de 67% na comercialização de máscaras em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os números da venda de cosméticos consolidam a relevância global do Brasil no setor de higiene e beleza. O país já é o terceiro maior mercado consumidor do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China. Em relação aos perfumes, cerca de 82% dos brasileiros utilizam marcas nacionais.