Famema conquista terreno para ambulatórios
Após um intenso trabalho da nova diretoria da Famema e grandes esforços da Famar (fundação que apoia a Faculdade de Medicina), o Governo Federal doou um terreno para a Famema utilizar na assistência de saúde à população. Na área de 18.660 metros quadrados deve ser construída uma estrutura para concentrar todo atendimento ambulatorial.
Na tarde de terça-feira (28) engenheiros do Ministério do Planejamento estiveram na Famema para assinar o termo de autorização de guarda provisória do terreno, localizado na avenida Tiradentes, número 1.073.
Os técnicos também realizaram a vistoria da área, última etapa para a doação, que deve ser concluída ainda no primeiro semestre de 2018. A expectativa é que a unidade que deve ser erguida ali possa dobrar a capacidade de atendimento hospitalar.
No entanto ainda não está definido exatamente quando o projeto, que deve ser realizado em etapas, sai do papel. Existe grande mobilização nesse sentido na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e no Palácio dos Bandeirantes.
Anteriormente o espaço foi repassado para a Prefeitura e Justiça Federal, mas o prazo estipulado para utilização não foi cumprido e as doações revogadas. O pedido de utilização do terreno foi feito há aproximadamente dez anos pela Famema.
De acordo com o diretor geral da faculdade, Valdeir Fagundes Queiroz, os recursos para construção do prédio virão do Estado, mas ainda é preciso viabilizá-los. A Famema já é responsável pela área e sua manutenção.
“Já temos um pré-projeto. Queremos acabar com os aluguéis e reunir as especialidades clínicas em um mesmo lugar, melhorando a logística e otimizando os atendimentos”, diz ele. A economia anual com aluguéis seria de aproximadamente de R$ 1,5 milhão.
Os serviços médicos ambulatoriais, via SUS, até meados do ano passado ficavam concentrados no Ambulatório Mário Covas, mas a Famema não aceitou o pedido de reajuste do aluguel de R$ 39 mil para R$ 70 mil.
O atendimento clínico ambulatorial foi dividido entre o Hospital São Francisco e outros prédio alugados. “Isso deve significar uma melhoria considerável no atendimento da população, mais agilidade nos atendimentos e melhoria na mobilidade”, afirma Valdeir.
Outra área
O terreno ao lado do supermercado Tauste que está sendo doado pela União para a Famema tem finalidade completamente diferente do espaço em Lácio, prometido pela Prefeitura para a instituição construir seu campus, no Parque Tecnológico.
A área na avenida Tiradentes terá o prédio construído com recursos da Secretaria da Saúde, para atendimento da população.
Por outro lado, o terreno a ser destinado pela Prefeitura terá salas de aula, laboratório, anfiteatro, biblioteca e toda a estrutura acadêmica necessária. Isso será custeado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Valdeir explica que no caso do Campus também será preciso “correr atrás dos recursos”, mas se mostra otimista. Atualmente a Famema não tem prédio próprio e os gastos com aluguel se aproximam de R$ 100 mil ao mês.