Você sabia que os cães também ficam gripados?
A traqueobronquite infecciosa canina, ou “gripe canina”, pode ser causada pelos agentes virais Parainfluienza e Adenovírus, pela bactéria Bordetella bronchiseptica, pela combinação dos dois tipos de agentes ou pelas variações de temperatura.
Gripe canina é transmitida através do vírus no ar de secreções respiratórias, como a gripe humana é transmitida entre as pessoas. O vírus pode ser transmitido a um cão através do contato direto com um cão infectado, através de contato com objetos contaminados, e por pessoas que podem ser portadores do vírus em suas mãos ou roupas.
O vírus pode permanecer vivo e infectante em superfícies por até 48 horas, em roupas por 24 horas, e nas mãos por 12 horas. Os cães têm o nível mais elevado de vírus nas secreções de 2-4 dias depois de terem sido expostos ao vírus.
Muitas vezes, eles ainda não estão mostrando sinais clínicos, quando eles estão em maior risco de transmissão do vírus. Os cães podem ser capazes de espalhar o vírus por até 10 dias.
A gripe canina também é chamada de Tosse dos Canis, isto porque o sintoma mais comum da doença é uma tosse constante, como se o animal estivesse engasgado.
É uma doença na maioria das vezes de baixa gravidade, mas extremamente contagiosa, se espalhando rapidamente em locais onde há aglomeração de animais.
Em casos menos comuns a gripe canina pode evoluir para pneumonia. Deve-se ter especial atenção aos filhotes e animais idosos, assim como àqueles portadores de doenças crônicas.
Os cães de raças braquicefálicas (aquelas que possuem focinho curto), como os Buldogues, Pugs, Boxers e Shih Tzus também podem apresentar maiores complicações que os demais.
Você sabe reconhecer um cachorro com gripe?
O sinal mais comum é a tosse, que pode ser seca ou acompanhada de secreção. O início da doença é súbito e pode ser confundido com a ingestão de um corpo estranho, pois o animal parece tentar se livrar de algo preso em sua garganta.
Muitas vezes há produção de uma espuma branca, o que também dá a impressão ao proprietário de que o animal está com um quadro de vômito.
Com o passar do tempo a tosse se torna mais evidente e constante. O animal também pode apresentar espirros e secreção nasal e ocular. Caso haja secreção nasal é importante a realização de nebulizações diárias, para ajudar na expectoração e alívio respiratório, evitando a evolução da doença para um quadro mais grave.
O animal pode apresentar febre e infecções secundárias. Outros sintomas incluem apatia, falta de apetite e intolerância ao exercício.
É importante levar o animal para uma avaliação com o médico veterinário, pois dessa forma pode-se descobrir qual o agente infeccioso e agir de maneira direcionada. Caso haja sinais de infecção bacteriana, será necessário o uso de antibióticos específicos.
Jamais medique seu cão por conta própria! A Aspirina, comum para o tratamento de gripe em humanos, pode ser fatal para os cães.
Qual a melhor forma de prevenção?
A vacina contra a gripe canina é a melhor forma de prevenção, porém, por se tratar de um agente bastante mutável, a vacinação não é garantia de que o animal não vá adoecer.
Ainda que seja vacinado, proteja seu cachorro do frio, atente-se para animais doentes nas proximidades e evite aglomerações de cães durante o inverno.
O melhor momento para realizar a vacinação é de dois a três meses antes do inverno (fevereiro e março no Brasil), pois desta forma garante-se maior resposta imunológica durante a época mais fria do ano.