Vinícius critica CPI do Ipremm: ‘vergonhosa’
O ex-prefeito Vinícius Camarinha (PSB) criticou o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, que investigou as contas do Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm), no período de 1991 a dezembro de 2017.
“É vergonhoso uma CPI política composta por aliados do prefeito, com objetivo de atacar seus adversários”, comentou Camarinha em conversa com o Marília Notícia.
Os vereadores membros da CPI concluíram que o rombo de R$ 180 milhões foi provocado principalmente por falta de repasses mensais da Prefeitura Municipal de Marília.
Segundo o relatório, foi justamente no governo Vinícius que a dívida teve seu ápice, com um aumento vertiginoso.
“Não deixei nenhuma dívida, herdei o Ipremm quebrado e com contas bloqueadas. A CPI omitiu essas informações de dívidas do Ipremm que foram pagas no meu governo. Recursos esses que seriam suficientes para cobrir a queda de arrecadação que influenciou no cronograma de pagamentos do Ipremm em minha gestão”, se defendeu o ex-prefeito.
O relatório final contém 45 páginas e mais de mil páginas de anexos. Trechos mais importantes do documento foram lidos durante entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (20) pelos vereadores Mário Coraíni Júnior (PTB) e José Luiz Queiroz (PSDB), presidente e relator, respectivamente. Veja todos os detalhes e entenda o caso clicando aqui.
Evolução da dívida
-Em 1996 a dívida do Ipremm era de R$ 4,5 milhões
-Evoluiu para R$ 9,8 milhões em 2000 após atualização e correção monetária (governo Abelardo Camarinha).
-Até 2008, segundo a CPI, as finanças do Ipremm se mantiveram saudáveis, contudo entre 2008 a março de 2012 o rombo alcançou R$ 21 milhões (segundo mandato de Mario Bulgareli).
-Entre março de 2012 e dezembro do mesmo ano a dívida chegou a R$ 43,1 milhões (gestão Ticiano Toffoli).
-De 2013 a 2016 a dívida de R$ 43,1 milhões saltou para R$ 101 milhões (governo Vinícius Camarinha).
-No primeiro semestre de 2017, R$ 14 milhões não foram repassados para o Instituto, contudo houve o parcelamento da dívida de décadas totalizada em R$ 180 milhões (governo Daniel Alonso).
Atualmente não foram parcelados e não liquidados R$ 21,3 milhões em aportes do município. Informação transmitida pela CPI do Ipremm é que este aporte da Prefeitura deverá ser pago com vendas de terrenos públicos.