Vereador é alvo de pedido de cassação após condenação por estelionato na região
A Câmara Municipal de Bastos, antes dos 15 dias da nova legislatura, já virou notícia por turbulência. O vereador Rogério Fernandes, o popular Rogerinho (Republicanos), enfrenta um pedido de cassação protocolado na última segunda-feira (13). O parlamentar foi condenado a oito anos e seis meses de prisão em regime fechado por crime de estelionato (reiterado 36 vezes). A sentença criminal ainda comporta recurso.
A iniciativa de provocar a Câmara, para que os pares cassem o mandato, foi de uma das vítimas de Rogerinho, citada no processo. Ele acusa o vereador de ter comercializado terrenos de forma fraudulenta no Jardim Residencial Golf Club, na Seção Glória II.
A condenação foi proferida pelo juiz Fábio Alexandre Marinelli Sola, que também determinou o pagamento de multa e a indenização às vítimas. A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou que o então corretor, junto com outros dois envolvidos, usou de artifícios fraudulentos para obter vantagem ilícita, causando um prejuízo de R$ 2,87 milhões. A defesa dele nega crime.
O pedido de cassação aponta que a conduta do parlamentar é incompatível com a dignidade do Legislativo e caracteriza quebra de decoro parlamentar.
O futuro do vereador – no âmbito político – será analisado pela Câmara de Bastos, formada por onze parlamentares. O presidente da casa, Valter Bataline (PL), deverá colocar o pedido em pauta para deliberação.
A maioria dos vereadores foi eleita com discursos alinhados à defesa da moralidade, o que torna o julgamento especialmente simbólico.
O Marília Notícia não conseguiu localizar a equipe de Rogerinho. O espaço segue aberto para manifestações e, caso sejam enviadas, este texto será atualizado.
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