Um em cada quatro marilienses mora em domicílio alugado

A proporção de marilienses que residem em imóveis alugados continua em crescimento, alcançando 24,1% da população, o equivalente a quase um em cada quatro moradores. Os dados são do último Censo Demográfico, de 2022, que revelou características atualizadas dos domicílios no município. Em 2010, essa parcela era de 19,65%, e em 2000, 16,15%.
O levantamento mostra que Marília registrava, em 2022, 61.950 domicílios próprios (70,06%), 21.350 alugados (24,1%), 3.771 cedidos (4,27%) e 1.306 em outras condições de ocupação (1,48%). Apesar do aumento dos imóveis alugados, a maioria dos marilienses ainda reside em domicílios próprios, embora essa proporção tenha caído ao longo dos anos: era de 70,89% em 2010 e 74,99% em 2000.
O percentual de moradores em domicílios cedidos ou emprestados, que representava 9,15% em 2010, recuou para 4,27% em 2022. Já os imóveis em outras condições de ocupação, como invasões, passaram de 0,31% em 2010 para 1,48% em 2022.
Mudanças no cenário habitacional brasileiro
Os dados de Marília refletem tendências observadas em todo o Brasil. Em 2022, 72,7% da população brasileira residia em imóveis próprios (pagos, herdados, ganhos ou ainda sendo pagos), 20,9% em alugados, 5,6% em cedidos ou emprestados e 0,8% em outras condições.
No ano 2000, essas proporções eram 76,8%, 12,3%, 9,7% e 1,2%, respectivamente, mostrando um aumento significativo na fatia de domicílios alugados ao longo das últimas décadas.
Dados preliminares
A análise é baseada no questionário da amostra do Censo 2022, que foi aplicado em cerca de 10% da população brasileira. Segundo Bruno Mandelli, analista da Gerência de Indicadores Sociais do IBGE, os dados ainda são preliminares, pois o instituto está em processo de delimitação das áreas de ponderação, ajustando os resultados ao planejamento das políticas públicas em consulta com as prefeituras.
Essa divulgação oferece um panorama inicial das mudanças habitacionais em Marília e no Brasil, evidenciando a crescente importância do mercado de aluguel e a queda na proporção de domicílios próprios.