Rede Voa ‘arrasta’ reformas previstas no aeroporto para 2025
Concedido à iniciativa privada pelo governo paulista em março de 2022, o Aeroporto Estadual Frank Miloye Milenkovich em Marília seguirá sem melhorias prometidas pelo menos até dezembro deste ano.
Vencedora da licitação e atual gestora do espaço, a concessionária Rede Voa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, a “previsão” de “início das obras” para “janeiro de 2025”, quase um ano e meio após anunciá-las.
Apenas neste ano, a empresa comunicou dois adiamentos da implantação de investimentos previstos entre suas obrigações contratuais. O primeiro para julho e o outro para novembro, ambos não cumpridos.
PENDÊNCIAS
A Rede Voa lista uma série de pendências para “regularização e licenciamento”, ao que prevê custos de R$ 515 mil. A empresa cita aprovação de novo plano de zoneamento de ruído aeronáutico e “compatibilização das áreas de segurança de fim de pista”.
Na nota, a Rede Voa fala ainda da “obtenção de auto de vistoria do Corpo de Bombeiros e alvará de funcionamento do terminal de passageiros”, além de “investigação sobre suspeita de contaminação no sítio aeroportuário”. A contaminação citada não foi especificada pela empresa.
A empresa estima investimentos de R$ 2 milhões nos “sistemas aeroportuários” e de R$ 1,8 milhão no terminal de passageiros “e edificações operacionais”, além de R$ 112 mil “para reforço da segurança e monitoramento”.
DESCONFORTO
Até que as melhorias prometidas e assinadas na concessão saiam do papel, os usuários do aeroporto de Marília precisam conviver com praticamente a mesma infraestrutura de espera e embarque oferecida há décadas.
A disponibilidade de acomodações não acompanhou o crescimento da cidade e, principalmente do fluxo de passageiros que, em setembro, aumentou 3,8% na comparação com o mesmo mês em 2023, segundo relatório de demanda e oferta de voos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Berço da antiga TAM (atual Latam), cujo nome original levava o nome da cidade, Marília é servida atualmente por apenas uma empresa, a Azul Linhas Aéreas, com suas aeronaves turboélices, sem voos diretos para São Paulo, apenas para Campinas.
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