População organiza novo ato ‘Fora Herval’ na Câmara Municipal
A sessão ordinária da Câmara Municipal nesta segunda-feira, dia 17, será marcada por novo ato contra o presidente da casa, vereador Herval Rosa Seabra (PSB). O movimento está marcado para começar 17h30.
Herval foi recentemente condenado à pena de oito anos e dez meses de reclusão pela acusação do desvio de mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos da Câmara no biênio 2001/2002, época em que exercia a mesma função.
Na última sessão (segunda passada, dia 10) a manifestação popular foi proibida por homens supostamente ligados aos vereadores. Um segurança particular impediu a entrada de uma manifestante que carregava um cartaz que continha a palavra ‘Ladrão’. A ação foi gravada pelo advogado Alexandre de Cerqueira César e ‘bombou’ nas redes sociais.
O vídeo mostra que o segurança estava no início da escadaria que leva à galeria da Câmara. Após o protesto dos manifestantes, os quais eram barrados de subir a escada, é possível ouvir o segurança particular dizer “se estiver escrito ladrão não vai entrar”.
Esta não é a primeira vez que o acesso da população às sessões da Câmara é barrado. No dia 11 de maio, os servidores públicos municipais não conseguiram entrar no plenário. Isso porque senhas foram distribuídas, limitando o acesso. Somente após grande pressão popular foi que os manifestantes conseguiram acompanhar a sessão.
A medida havia sido tomada para evitar novo protesto dos servidores, pois seria votado o projeto de lei elaborado pela Prefeitura concedendo reajuste salarial de 4,5% à categoria. Com o cancelamento da sessão, a matéria foi votada no dia seguinte em sessão realizada às 9h. Os funcionários municipais, afetados diretamente pela propositura, não puderam assistir a votação.
Exemplo
É possível que em Marília ocorra a mesma situação verificada em Santo Antônio da Platina e em Jacarezinho, ambas localizadas no estado do Paraná. Nessas cidades, a população, revoltada com as atitudes dos vereadores, tomaram as dependências da Câmara e barraram o aumento dos salários dos edis.
Em Garça, caso semelhante também está ocorrendo, pois há uma movimentação para reduzir ao salário mínimo os vencimentos dos vereadores.
Nas redes sociais muita gente espera que os protestos ganhem corpo hoje. Um internauta chegou a relacionar o ato contra Herval aos protesto contra Dilma Roussef: “Legal a passeata, é necessário ter manifestações, mas a Dilma não estava aqui em Marília, é outra pessoa que administra a cidade. Erraram o alvo outra vez? Jamais mudaremos uma nação se não começarmos por nossa cidade!”.
Com informações da Matra