Perfis falsos usam foto de jovem assassinada na região
A família da jovem Mariana Forti Bazza, que foi assassinada em setembro de 2019, denunciou que estão sendo criados perfis falsos nas redes sociais com as fotos da estudante.
O primeiro perfil falso foi criado em outubro do ano passado. Já são cinco ocorrências desde então. O mais recente foi criado com o nome de ‘Larissa Neta Rabelo’.
Audiência
A Justiça realizou em 11 de dezembro a primeira audiência de instrução sobre o crime contra a universitária, de 19 anos, encontrada morta em Bariri (distante 177 quilômetros de Marília) em dia 25 de setembro.
Somente o pai de Mariana foi autorizado a participar da audiência porque ele foi arrolado como testemunha por ter conversado com a filha minutos antes do crime.
A mãe da jovem também foi até o Fórum com outros parentes, mas eles tiveram que ficar do lado de fora.
Neste primeiro movimento processual a Justiça fará a colheita de prova oral. Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos, é acusado de ser o autor dos crimes de latrocínio, estupro e ocultação de cadáver.
Ele chegou para a audiência em uma ambulância – já que não seria possível um caminhão para transportar um único prisioneiro – após deixar a Penitenciária de Serra Azul, onde está preso depois de ter sido transferido da Penitenciária de Iaras, para participar da audiência.
Desaparecimento
Mariana desapareceu no dia 24 de setembro depois sair de uma academia em Bariri (distante 177 quilômetros de Marília). A polícia prendeu no mesmo dia o suspeito Rodrigo Alves Pereira que ofereceu ajuda para trocar o pneu do carro da vítima. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte.
O suspeito foi identificado pelas câmeras de segurança da região onde fica a academia. Ele aparece conversando com a universitária e oferece ajuda para trocar o pneu do carro dela.
Nas imagens da academia de onde a jovem havia saído, é possível ver que os dois conversam durante alguns segundos. Logo em seguida o homem atravessa a rua, enquanto Mariana entra no carro e dá a volta na avenida até entrar em uma chácara, onde o rapaz fez a troca do pneu.
A câmera também registrou o momento em que o carro da jovem deixa o terreno, aproximadamente uma hora depois.
Mariana chegou a fotografar Rodrigo tentando trocar o pneu e encaminhou a foto a um familiar.
Após identificar o suspeito que aparece nas imagens, a polícia realizou buscas e encontrou o suspeito em Itápolis, escondido no telhado de uma casa.
A localização foi possível após a quebra de sigilo telefônico. A polícia conseguiu descobrir que ele estava na casa de familiares, mas quando uma equipe chegou ao local, o suspeito fugiu.
Foram feitas buscas na região e ele acabou encontrado deitado no telhado de uma casa nas redondezas. Rodrigo foi ouvido, mas a princípio negou envolvimento no desaparecimento de Mariana.
Ele era o principal suspeito devido ao fato de não saber explicar porque o carro da vítima estava em Itápolis.
O corpo dela foi encontrado no dia 25 de setembro em uma área de canavial, em Cambaratiba, distrito de Ibitinga, (distante 158 quilômetros de Marília) cidade próxima de Bariri. Ela estava amarrada e amordaçada. Rodrigo levou os policiais até o local onde escondeu o corpo.
Após passar por audiência de custódia, no Fórum de Jaú, ele teve a prisão preventiva decretada e foi recolhido no CDP de Bauru.
Rodrigo teria negado ter matado e abusado sexualmente da universitária e afirmou que houve a participação de uma segunda pessoa no crime. Porém, a polícia considera essa versão fantasiosa.
Em um vídeo de câmera de segurança Rodrigo aparece encostado no carro da Mariana às 7h51. O carro está estacionado próximo à academia quando a jovem ainda estava no local.
O vídeo mostra que Rodrigo sai da chácara, atravessa a avenida e encosta no carro da vítima. Ele fica ali por alguns minutos.