Metalúrgicos registram 632 demissões até maio
O Sindicato dos Metalúrgicos de Marília e Região registrou, de janeiro a maio deste ano, ao menos 632 demissões. De acordo com o presidente da entidade na região, Irton Siqueira Torres, o período foi de adequações e muitas das ferramentas para evitar os desligamentos de funcionários vêm sendo utilizadas pelas empresas, como férias coletivas, banco de horas e jornada flexível.
Apenas no ano passado, o sindicato registrou uma retração no número de trabalhadores que chegou a 3 mil pessoas, o que representou um forte impacto no setor. “Chegamos a ter mais de 8 mil metalúrgicos na região. Hoje estamos em torno dos 5,6 mil”, disse o sindicalista.
Segundo Torres, muitas das empresas optaram pelas demissões como um esforço para manter suas portas abertas neste momento de crise político-econômica do país. “Acreditamos que as demissões já amenizaram e quem tinha de se adequar já se adequou”, afirmou o presidente.
“As empresas fizeram isso com o objetivo de manter suas portas abertas, outras, que tem facilidade para avaliar o mercado futuro, buscaram usar de ferramentas como banco de horas, jornada flexível e férias coletivas”, explicou. “Com isso, acreditamos que não devemos registrar demissões em massa até o final deste ano”.
Torres afirmou que a realidade local da região de Marília permite maior proximidade entre o sindicato e as empresas, com diálogo constante. “Nossa realidade é diferente das dos grandes centros. Aqui, o próprio empresário busca o diálogo, especialmente neste momento de crise, e nos organizamos para planejar e executar o que é o melhor para todos”, concluiu.
Fonte: Jornal da Manhã