Marília tem mais dois casos de suicídio registrados
A Central de Polícia Judiciária de Marília recebeu o registro de duas ocorrências de suicídio nesta terça-feira (5). No domingo (3) um idoso de 69 anos já havia sido encontrado enforcado próximo de um precipício na zona Sul.
Em um dos casos registrados nesta terça um vendedor de 64 anos estava internado no Hospital das Clínicas de Marília desde o dia 13 de novembro em razão de ingestão de soda cáustica. O óbito foi registrado às 18h de ontem.
A outra ocorrência desta terça-feira envolve um agente penitenciário de 41 anos que apresentava quadro depressivo. A esposa teria encontrado o quarto do casal trancado e, após ligar no celular do marido, sem conseguir falar com ele, chamou um amigo para arrombar a porta. O agente foi encontrado enforcado com um cinto já sem vida.
Suicídios em Marília
De acordo com o banco de dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) Marília registrou 280 suicídios entre 1997 e 2015 – período com números disponíveis.
A média foi de 14,7 casos por ano com 15 ocorrências em 2015 e 14 no ano anterior. Em 2013 foi verificado o maior números de casos da série com 29 vítimas de suicídio na cidade.
As vítimas de suicídio em Marília são homens na maior parte dos casos (77%) e a faixa etária que concentra o mais indivíduos é de 30 a 39 anos (22,4%), seguido da faixa dos 50 a 59 anos (20,7%) e dos 20 aos 29 anos (17%).
D0 total de vítimas, 42,8% são solteiros, 30% casados, 11% separados judicialmente e 5,3% viúvos. Em 58% das ocorrências não se sabia a escolaridade das vítimas. Mas entre aqueles em que consta a informação, 37% tinham entre 8 e 11 anos de escola, 27% de 4 a 7 anos.
Os que possuem menos escolaridade – 1 a 3 anos – representam 15% dos casos de suicídio em Marília entre aqueles que se conhecia a escolaridade quando houve o registro. Já os que possuem 12 anos ou mais de escolaridade são 17%. No recorte, analfabetos representaram apenas duas ocorrências.
Como o Marília Notícia divulgou em 2016, o município teve a maior taxa de mortes por suicídio do Estado de São Paulo nos últimos anos. As informações alarmantes são da Fundação Seade, órgão do governo de São Paulo para análise de dados.
Viver vale a pena
Vale lembrar que o CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.
O contato pode ser feito pelo telefone 141 ou pelos outros canais disponíveis no site, que pode ser acessado [aqui].