Marília tem déficit na Educação e 224 crianças aguardam vagas em creches

A falta de vagas em creches públicas é um desafio preocupante para o prefeito Vinicius Camarinha (PSDB), que assumiu no início de janeiro a Prefeitura de Marília. Atualmente, são 224 crianças que estão na fila de espera para iniciarem os estudos.
Apesar dos esforços da Secretaria da Educação para ampliar o atendimento, o município ainda enfrenta desafios para atender a crescente demanda. Atualmente, 4.550 crianças estão matriculadas nas creches da cidade, enquanto a rede municipal de ensino totaliza quase 18 mil alunos.
A falta de vagas em creches vai além da educação, sendo também uma questão social e econômica. As creches são essenciais para a socialização das crianças e permitem que os pais, especialmente aqueles que dependem destes serviços, possam trabalhar e manter a estabilidade financeira da família. Para muitas famílias, a educação infantil é vital tanto para o desenvolvimento dos filhos quanto para a inserção dos pais no mercado de trabalho.
Se não bastasse a situação de déficit na oferta de vagas, no fim do ano passado, a Secretaria Municipal da Educação suspendeu a formação de novas turmas para o ano letivo de 2025 na Emei Irmão Maurício Deladurantaye, localizada na zona leste de Marília.
De acordo com a administração municipal, a Emei Irmão Maurício deve manter o atendimento dos alunos já matriculados no prédio até julho, prazo dado pela Santa Casa de Misericórdia de Marília, proprietária da estrutura, até a mudança para novo endereço. Enquanto isso, a Prefeitura busca locar novo imóvel.
Os novos alunos estão sendo atendidos nas Emeis Curumim, Mãe Cristina e Saci Pererê.
Para 2025, a Secretaria da Educação de Marília se prepara para o retorno das aulas, com uma estrutura que inclui 19 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef), duas Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Infantil (Emefei), 43 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei) e duas entidades parceiras (Lar da Criança e Amélie Boudet).
Todas as 43 Emeis contam com turmas de dois e três anos. Destas, 13 atendem bebês de zero a um ano.
No total, 45 unidades escolares contam com ensino integral, além do Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (Cemaee) e duas unidades de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O calendário escolar prevê o início das atividades para o dia 5 de fevereiro, com os pais sendo recebidos pelos professores no dia anterior. Alunos do 1º ao 5º ano iniciarão as aulas nas Emefs, enquanto as crianças das Emeis começam em datas escalonadas: no dia 5, para os níveis I e II, maternal I e infantil I e II; e no dia 6, para o maternal II.