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Estudo divulgado nesta quinta-feira (8) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) revelou que Marília figura entre os municípios com desenvolvimento alto no país, com IFDM de 0,8463 — bem acima da média nacional, que é de 0,6067.
Com esse desempenho, a cidade ocupa a 53ª colocação no ranking nacional e a 32ª no Estado de São Paulo, à frente de municípios tradicionalmente reconhecidos por seu dinamismo, como Itu, Ribeirão Preto, Limeira, Araraquara e Piracicaba.
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um indicador composto que avalia anualmente o nível de desenvolvimento dos municípios brasileiros, com base em três áreas: emprego e renda, educação e saúde. A pontuação varia de 0 a 1, e valores acima de 0,8000 são classificados como desenvolvimento alto.
RANKING PAULISTA
Posição | Cidade | IFDM |
---|---|---|
6ª | São Carlos | 0,8675 |
9ª | Botucatu | 0,8622 |
13ª | Bauru | 0,8572 |
22ª | Fernandópolis | 0,8533 |
28ª | Presidente Prudente | 0,8490 |
32ª | Marília | 0,8463 |
33ª | Itu | 0,8449 |
34ª | Ribeirão Preto | 0,8447 |
38ª | Limeira | 0,8431 |
39ª | Araraquara | 0,8424 |
47ª | Piracicaba | 0,8377 |
No recorte por área, Marília atingiu índices expressivos:
O resultado mais robusto foi no eixo de emprego e renda, reflexo de uma economia diversificada e de um mercado formal consistente. O indicador de educação também reforça a melhoria da cidade na última década, com avanços em cobertura da educação infantil, diminuição do abandono escolar e investimentos em formação docente.
De 2013 a 2023, Marília apresentou crescimento significativo em seu desenvolvimento municipal, com o índice saltando de 0,7846 para 0,8463, o que representa uma melhora de 7,9% no período.
Apesar de não figurar entre os 30 primeiros do Estado, Marília se destaca ao superar cidades relevantes do interior paulista. Está à frente, por exemplo, de Itu (33ª), Ribeirão Preto (34ª), Limeira (38ª), Araraquara (39ª) e Piracicaba (47ª). Por outro lado, ainda está abaixo de municípios como São Carlos (6ª), Botucatu (9ª), Bauru (13ª), Fernandópolis (22ª) e Presidente Prudente (28ª).
Em nível nacional, apenas 4,6% dos municípios atingiram o nível de desenvolvimento alto, enquanto a maior parte das cidades brasileiras ainda se concentra nas faixas de desenvolvimento moderado (48,1%), baixo (42,8%) e crítico (4,5%). A situação é especialmente preocupante nas regiões norte e nordeste, que concentram 87% dos municípios com IFDM baixo ou crítico.
A pesquisa da Firjan reforça a desigualdade regional do país, mas também destaca avanços: entre 2013 e 2023, 99% dos municípios brasileiros apresentaram alguma evolução no índice, com o maior crescimento registrado no indicador de educação — 52,1% de melhora em dez anos.
O economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart, alerta, no entanto, que o ritmo de avanço ainda é desigual. “Os municípios menos desenvolvidos estão com 23 anos de atraso em relação àqueles com alto desenvolvimento. São realidades completamente distintas dentro de um mesmo país”, afirmou.
Em São Paulo, apenas 0,3% dos municípios estão nas faixas mais baixas do IFDM, o que evidencia o patamar de desenvolvimento do Estado. Dentro desse contexto, Marília se consolida como uma referência regional em qualidade de vida, geração de emprego e avanços sociais.