

11 anos. Mais de 97 mil artigos.
Marília vive em 2025 o pior cenário de dengue de sua história. Até ontem, 9 de junho, o município tinha registrado 14.591 casos positivos da doença, segundo dados do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (Nies), do Governo do Estado.
O número representa um aumento de 41,18% em relação a todo o ano de 2024, quando foram contabilizados 10.335 registros, e já configura o maior surto de dengue já registrado na cidade, de acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo.
A escalada dos casos coloca Marília em estado de atenção máxima, já que supera o antigo recorde de 10.284 registros de 2015. Relatos da época falavam em mais de 20 mil casos, mas não existe dado de órgão oficial que confirme a informação. Desde então, a cidade havia experimentado oscilações significativas na incidência da doença. Em 2016, por exemplo, os números despencaram para 242 casos, seguidos por 63 em 2017 e 57 em 2018.
No entanto, a partir de 2019, a curva voltou a subir, quando 2.988 positivos foram anotados naquele ano. Em 2020, foram 1.610 casos e, em 2021, um novo crescimento para 2.939 registros. O ano de 2022 marcou nova queda, com 1.060 confirmações, mas em 2023 os números voltaram a subir, alcançando 3.269 infectados.
A explosão de casos em 2024 já havia preocupado as autoridades sanitárias, ao ultrapassar o recorde de 2015. No entanto, o crescimento ainda mais acentuado em 2025 acende um alerta urgente para a necessidade de intensificação das ações de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue.
Com metade do ano ainda por vir, a situação exige mobilização imediata principalmente por parte da população, não apenas para conter a proliferação do mosquito, mas também para evitar o colapso do sistema de saúde local, diante da alta demanda por atendimento de pacientes com sintomas da doença.
O recorde de casos em 2025 não é apenas um dado estatístico, já que o município confirmou ontem mais um óbito pela doença. A cidade agora soma 26 mortes por dengue. Outras 13 estão sendo investigadas.
Em nota, a Prefeitura reafirmou o compromisso de intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e destacou a importância da participação da população nas medidas preventivas.
“A união de esforços é essencial para proteger a população e evitar novas perdas. Reforçamos o apelo para que cada morador faça a vistoria semanal em sua casa, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito”, destacou a Secretaria da Saúde.
O município segue com campanhas de conscientização e ações de controle, mas alerta que o combate à dengue depende do engajamento de todos.