Marília perde 319 posições em ranking de conectividade

Marília registrou 70,34 pontos no Índice Brasileiro de Conectividade (IBC) de 2024, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Embora tenha apresentado leve melhora em relação ao resultado do ano anterior (69,33), o município caiu 319 posições no Ranking Brasileiro de Conectividade, ocupando agora o 681º lugar entre mais de 5.500 cidades. No ranking estadual, Marília aparece na 243ª colocação.
O IBC avalia a qualidade e disponibilidade da infraestrutura de telecomunicações no país, considerando fatores como presença de fibra óptica, cobertura de redes móveis (4G e 5G), densidade da telefonia móvel e atendimento em áreas agricultáveis.
Marília teve desempenho positivo em alguns desses indicadores. A cidade alcançou 99,53% de cobertura em redes móveis de quarta e quinta geração e possui 100% do território coberto por fibra óptica. No entanto, segue com dificuldades em pontos estratégicos como a densidade da telefonia móvel (67,71 pontos) e cobertura em zonas agrícolas, com 70,07 pontos.
A queda acentuada no ranking nacional, mesmo diante do leve crescimento do índice, chama a atenção. O desempenho inferior em relação ao avanço de outros municípios, sobretudo de regiões historicamente menos urbanizadas, sugere que Marília pode perder protagonismo caso não invista continuamente em melhorias e expansão da sua infraestrutura digital.
A avaliação da Anatel funciona como um termômetro para políticas públicas e decisões de investimento privado. A conectividade é cada vez mais decisiva em áreas como educação, saúde, segurança e produtividade no campo — impactando diretamente o desenvolvimento social e econômico das cidades.
Nos últimos anos, Marília tem oscilado na avaliação do IBC. Em 2023, com 69,33 pontos, já havia perdido 73 posições em comparação com 2022, quando ocupava a 289ª colocação com um índice de 70,21. Em 2021, o cenário era mais otimista: o município subiu 83 posições e chegou ao 281º lugar, com IBC de 67,16.
A tendência atual reforça a necessidade de planejamento estratégico e ações coordenadas entre poder público, operadoras e demais agentes do setor para que Marília volte a ganhar competitividade em conectividade.