Justiça mantém prisão e marca júri de bando acusado de matar para ‘dar exemplo’

A Justiça de Marília definiu a data para o julgamento de quatro réus acusados do homicídio de Sérgio Fernando de Souza, de 34 anos, ocorrido na zona norte da cidade. O júri está marcado para o dia 5 de agosto, com início às 9h30, no Tribunal do Júri da Comarca de Marília.
A definição da data consta em um despacho da 1ª Vara Criminal desta quarta-feira (23). Na mesma decisão, o juiz manteve as prisões preventivas de dois dos acusados: Jonatas da Silva Araújo e Danilo Inácio.
O magistrado apontou que não houve razões para retirada da prisão. O caso inclui pessoas que teriam ligação com o tráfico de drogas e soma várias testemunhas protegidas.

Serão julgados Danilo Inacio, Jonatas da Silva Araújo, João Marcos Munhoz dos Santos e Marlon Henrique Correa de Souza. A Justiça considerou haver indícios suficientes de homicídio qualificado (motivo torpe e emboscada), além de ocultação de cadáver.
Um quinto acusado no caso – que seria chefe do tráfico – foi impronunciado e, embora tenha sido indiciado na fase policial, não teve sua participação comprovada.
RELEMBRE O CASO
De acordo com a apuração da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o crime ocorreu em uma área de mata no final da rua Américo Capelozza, em uma região com histórico de tráfico e consumo de drogas.
Segundo a versão da denúncia, entre os dias 16 e 19 de setembro de 2022, Sérgio Fernando de Souza foi morto por suposto envolvimento, dívidas e situações de desagrado dos traficantes locais.
A denúncia narra que, à época, o homem impronunciado seria o responsável pelo tráfico na área, e Danilo faria venda de drogas com sua autorização.
Motivado por uma dívida com a vítima, ele teria solicitado ao chefe e obtido a autorização para cometer o homicídio. O objetivo seria “dar exemplo” a outros usuários da região.
Para executar o plano, Danilo teria chamado Jonatas, João Marcos e Marlon, que aderiram à ideia e planejaram uma emboscada. No dia dos fatos, enquanto dois deles se ocultaram em um matagal, outro procurou a vítima e, de forma dissimulada, o atraiu para o local em que seria morto.
O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, dias depois, em um córrego longe do local. A suspeita é que tenha sido arrastado pela chuva. A polícia acredita que Sérgio foi agredido e morto a golpes de faca ou outro instrumento contundente.
Testemunhas relataram à polícia que Sérgio teria sido agredido por várias pessoas. Algumas se recusaram a prestar depoimento formal por medo da violência e da motivação do crime.