Homem luta pela vida após acidente com churrasqueira; filha faz apelo por vaga

É grave o estado de saúde de Josimar Costa Pereira, de 55 anos, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas (HC) de Marília. Ele sofreu queimaduras quando acendia uma churrasqueira no domingo (11), Dia das Mães, durante uma confraternização com a família no Jardim Planalto (zona sul).
A filha Priscila Campos Requena conta que o acidente ocorreu quando uma lata com produto inflamável, que estava próxima à churrasqueira, explodiu. Ele teria sofrido queimaduras em pelo menos 55% do corpo, segundo ela.
O homem foi socorrido na emergência do hospital e, posteriormente, transferido para a terapia intensiva. A informação de que o caso dele exigiria vaga em uma Unidade de Terapia de Queimados (UTQ) mobiliza a família nas redes sociais.
Priscila chegou a relatar, em uma postagem, que o hospital teria dificuldades para a assistência, já que não é referência para casos de queimaduras graves.
A cidade não possui mais estrutura especializada em UTQ, já que o serviço que antes funcionava na Santa Casa de Marília pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi encerrado.
Ela relatou que, em função disso, faltam remédios específicos. “Me ligaram pedindo uma pomada urgente, e só conseguiram passar no meu pai às 19h, sendo que entreguei às 6h da manhã”, reclamou Priscila, indignada.
ESTABILIZAÇÃO
Na manhã desta quarta-feira (14), a reportagem do Marília Notícia entrou em contato com a filha de Josimar, que explicou que o pai aguarda vaga em um hospital especializado que tenha suporte de UTI para queimados.
A Secretaria Municipal da Saúde, segundo ela, já acionou o Departamento Regional de Saúde (DRS) e solicitou prioridade na transferência. Gestores e médicos acompanham o caso de perto e garantiram que os esforços estão sendo concentrados para salvar a vida do mariliense.
“Tem a questão da vaga, mas a equipe que está atendendo meu pai está trabalhando também para estabilizar a situação. Tem que ter a vaga, mas ele precisa estar em condições para essa transferência. Se houver risco, eles não fazem”, relatou.
A família, que buscou repercussão para o caso para garantir assistência, recebeu respostas e acredita que o empenho para salvar Josemar aumentou, mas segue angustiada com a gravidade da situação.
“Meu pai é muito querido. Ele estava fazendo o almoço para os filhos e netos, quando essa fatalidade aconteceu. Tudo que queremos é que ele tenha todas as possibilidades possíveis, porque ele é uma pessoa muito forte e vai sair dessa”, acredita Priscila.