Alunos continuam ocupação de escolas na zona sul
As escolas estaduais Sylvia Ribeiro de Carvalho, no bairro Nova Marília, e José Alfredo de Almeida, no Jardim Continental, ambas localizadas na zona sul da cidade, continuam ocupadas por estudantes da rede estadual.
O movimento já dura 5 dias e não tem previsão para terminar. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) indeferiu hoje (23), por unanimidade, a liminar requerida pelo governo do estado para reintegração de posse das escolas ocupadas.
Todo o processo de ocupação foi desencadeado quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a reestruturação e fechamento de 93 unidades educacionais.
A medida faz parte de um processo de reorganização escolar que quer, em 2016, dividir as unidades em três grupos (anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio), conforme o ciclo escolar.
O acesso nas escolas marilienses está bloqueado, mas os alunos participam de de atividades físicas e culturais todos os dias.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação do estado informou que a pasta permanece aberta ao diálogo e que o conteúdo pedagógico perdido pelos alunos será reposto após o encerramento do calendário oficial.
Na nota, a secretaria acrescentou que a proposta de reorganização “entregará mais de 700 escolas segmentadas pela idade de seus alunos e que nenhuma escola será fechada. Todas passarão a atender demandas regionais de educação, como ensino infantil (creches) e ensino técnico”.
Hoje pela manhã alguns estudantes da Unesp de Marília tentaram invadir a escola Monsenhor Bicudo, na Avenida Rio Branco, mas logo foram retirados do local.
Em solidariedade ao movimento, alguns alunos do Bicudo interromperam as aulas. Nenhum incidente que chamou a atenção foi registrado.
A estudante Amanda Silva Delary gravou um vídeo na última sexta-feira (20) e comentou sobre a ocupação em uma das escolas. “Sou aluna aqui do José Alfredo de Almeida, queria pedir a ajuda e colaboração da comunidade para que nos ajude com alimentos. Os alunos e pais que quiserem, venham dormir na escola também. Estamos tomando conta do que é nosso sem depredar nada, aqui não existem vândalos”, disse a estudante. Confira o vídeo abaixo: