Empresárias da Tédde pregam liberdade para mulheres
À frente dos negócios há 26 anos, Márcia Tédde conta com a parceria da filha Izabella Tédde há oito anos na administração das quatro lojas de vestuário tanto masculino quanto feminino. O grupo engloba a Tédde Homem e Tédde Mulher localizadas no Marília Shopping e Esmeralda Shopping.
As empresárias de extremo sucesso e referência na cidade falaram ao Marília Notícia sobre os desafios das mulheres atualmente e um pouco da atuação profissional na cidade.
Márcia conta que saiu de casa muito cedo, sempre foi bastante independente e criou sua filha para ser do mesmo jeito. “Antes das lojas eu também sempre me virei. Fiz faculdade de Direito e no meio da graduação tive dois filhos”, conta.
Izabella, que hoje está grávida do pequeno Bernardo, cursava a faculdade de moda em São Paulo quando surgiu a oportunidade de ampliação no ramo de atuação das lojas Tédde.
“Antes só trabalhávamos com roupas masculinas, mas sempre existiram muitos pedidos para entrarmos no universo das roupas femininas também. A abertura da Tédde Mulher coincide com a volta da Izabella para Marília”, conta Márcia.
Ambas trabalham diretamente na escolha de peças, compra de coleções, viagens de negócios, administração, gestão de pessoal, e eventualmente ajudam nas vendas e outros setores das lojas.
Dia Internacional da Mulher
Márcia e Izabella dizem que nunca sofreram preconceito, mas reconhecem as desigualdades que as mulheres sofrem de modo geral. “Vim de uma família de muitas mulheres, fortes, mandonas, dominadoras”, justifica e aponta Márcia: “mas muitas mulheres sofrem muitos abusos”.
Mãe e filha concordam que atualmente o acúmulo de funções que as mulheres vivem, após a chegada ao mercado de trabalho, e com as exigências familiares e da casa, existe muita ansiedade e angústia.
Elas acreditam que uma divisão melhor das responsabilidades com os homens é urgente.
No entanto, Márcia se nega a levantar certas bandeiras feministas que “exigem que a mulher trabalhe, saiba dirigir, dê conta disso e daquilo”. Para ela, o que deve prevalecer é o poder de escolha de cada mulher. “Cada uma deve decidir sobre o tipo de vida que quer levar”.
Izabella completa dizendo que cada mulher deve encontrar aquilo que a faz feliz e não necessariamente atender as expectativas dos outros. “Cada mulher tem seu momento, suas escolhas, profissionais e pessoais. O que importa é a felicidade”, conclui.