Empresa de ônibus anuncia paralisação em Garça
A empresa Raptur, responsável pelo transporte urbano coletivo em Garça (distante 35 quilômetros de Marília), anunciou a paralisação completa das linhas a partir de segunda-feira (1).
Através das redes sociais, a Raptur emitiu um comunicado aos usuários dizendo que a paralisação é por tempo indeterminado.
O Marília Notícia entrou em contato com José Francisco Soares da Silva, administrador da Raptur, que explicou que a medida ocorre por falta de recursos econômicos.
“Não temos condições de executar a linha”, disse José. O transporte estará 100% paralisado.
José explicou que em 8 de fevereiro foi protocolado um ofício na Prefeitura solicitando “um socorro ao transporte público de Garça”.
“Seria necessário um subsídio, alguma coisa para poder retomar o serviço. Hoje não temos recursos, o equilíbrio econômico financeiro está lá embaixo. A gente não consegue comprar os insumos pra manter em operação e pagar funcionários”, explicou o administrador.
Conforme José, antes da pandemia a Raptur atendia em média 45 mil usuários por mês, agora o fluxo de passageiros gira em torno de 15 mil mensais.
A tarifa atual da empresa, que possui 16 ônibus, é de R$ 3,60. Um pedido de reajuste também já foi protocolado, mas só o aumento não vai resolver o problema, segundo José.
“A tarifa é R$ 3,60, já tem um pedido de reajuste em andamento, só que a tarifa não resolve. Não adianta aumentar demais se a população não tem condições de pagar. Precisa da Prefeitura um apoio o quanto antes, senão a gente não consegue executar. Não transportamos alunos em 2020, reduziram os usuários comuns, a redução de faturamento foi absurda”, falou.
A empresa, que opera em Garça desde 1989, aguarda uma posição da Prefeitura.
Estava prevista para o final da tarde desta quinta-feira (25) uma reunião entre o prefeito João Carlos dos Santos, diretores e secretários municipais, para discutir o assunto. A Prefeitura informou que se manifestará oficialmente, já com as decisões definidas, após o encontro.
Até às 19h desta quinta-feira (25), ainda não havia manifestação.