Doria anuncia retomada das aulas presenciais em outubro
O Governo do Estado de São Paulo anunciou, por meio de coletiva de imprensa nesta sexta-feira (7), que as aulas presenciais nas redes pública e privada retornam no dia 7 de outubro.
O governador João Doria (PSDB) destacou que a princípio a data de retomada seria 8 de setembro, mas seguindo orientações do Centro de Contingência do Coronavírus, houve o adiamento.
A partir de 8 de setembro, no entanto, as escolas poderão ter atividades de reforço escolar, recuperação e atividades opcionais, desde que estejam em regiões que ocupem a fase amarela há 28 dias.
Cada escola deve tomar a decisão de retomar essas atividades, respeitando o limite do número de alunos em sala de aula e protocolos sanitários.
Para a educação infantil e ensino fundamental, o limite de presença é de até 35% dos alunos que caberiam normalmente em cada sala de aula. No Ensino Médio esse número cai para 20%.
O secretário da Educação, Rossieli Soares, afirmou que estudantes e professores da rede estadual terão uma semana de descanso, de 24 a 28 de agosto, sem que haja atividades on-line.
Se a escola optar pela reabertura, os professores que tiverem interesse poderão realizar atividades com poucos alunos. Apenas participam os estudantes que tiverem anuência dos responsáveis, sendo que aqueles que fazem parte do grupo de risco devem permanecer em casa. Do mesmo modo, profissionais da educação do grupo de risco continuam trabalhando remotamente.
Este período de setembro até outubro, quando deve ocorrer a provável retomada das aulas, deverá ser aproveitado pelas escolas que optarem pela reabertura para atividades como plantão de dúvidas, atividades esportivas, tutoria, aulas em laboratórios de informática e ciências, entre outras ações ligadas ao reforço e recuperação do que já foi ministrado. Novos conteúdos curriculares só poderão ser aplicados a partir do dia 7 de outubro.
“A volta gradual e responsável das atividades escolares é fundamental, principalmente para as crianças das camadas mais desfavorecidas da sociedade. O retorno é importante não somente pelo aspecto educacional, mas também pela questão social e da segurança alimentar”, afirmou Doria.
Os riscos para saúde mental dos estudantes com longos períodos de isolamento devido à pandemia e ao fechamento das escolas têm sido apontados em alguns estudos. Segundo pesquisa Datafolha, 75% dos estudantes das escolas estaduais de São Paulo declararam que estão tristes, ansiosos ou irritados.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a paralisação das aulas presenciais gera uma “catástrofe geracional que pode desperdiçar um potencial humano incalculável, minar décadas de progresso e acentuar desigualdades.”
“Proteger vidas, cuidar dos nossos estudantes e profissionais é a coisa mais importante que precisamos fazer nesse tempo de pandemia. Essa tem que ser a premissa fundamental que tem nos guiado e vai continuar nos guiando”, reforçou Rossieli Soares.