DIG prende quatro pessoas por morte de jovem a pauladas
Quatro pessoas foram presas nesta terça-feira (11), acusadas de envolvimento no assassinato do jovem João Victor Balmant da Silva, de 23 anos, morto a pauladas no último dia 26 de julho.
Segundo a polícia, foram detidos um serralheiro de 22 anos, sua amásia de 24, uma moça de 19 e um lavador de veículos com 20 anos, todos moradores do distrito de Padre Nóbrega. Nenhum deles teve a identidade divulgada.
De acordo com o delegado Valdir Tramontini, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o serralheiro e as mulheres estavam em Marília. Já o lavador de carros acabou preso em Bauru (distante 110 quilômetros de Marília) na casa de parentes.
Versões
Para o delegado, o quarteto contou uma versão confusa, em que o grupo passava pela rua com o veículo, um Ômega azul escuro, quando houve uma pedrada no carro.
Conforme o relato dos acusados, eles pararam e viram que João Victor havia lançado a pedra. O jovem, que posteriormente morreu, estaria com um pedaço de pau nas mãos. Uma briga se iniciou e o objeto teria sido tomado das mãos de João, sendo usado para espancá-lo.
No entanto, a história pareceu não convencer a polícia. “Uma testemunha que estava no local dos fatos, inclusive conversando com a vítima no momento do crime, disse que o Omega chegou e os quatro desceram perguntando se a vítima se lembrava deles. João teria tentando correr, mas foi alcançado, agredido e morto”, explicou Tramontini.
Investigações apontaram que uma das moças tinha uma relação mais íntima com o jovem assassinado e teria, inclusive, estado com ele na quinta-feira anterior ao crime.
O caso segue sendo apurado pela DIG e outras testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias. Os dois homens foram encaminhados para a Cadeia de São Pedro do Turvo e as mulheres para Penitenciária de Pirajuí.
Entenda
O crime ocorreu por volta das 20h30 de um domingo, na rua Professora Berta de Camargo Vieira, no Jardim Santa Antonieta, zona Norte de Marília.
Segundo a polícia, na data dos fatos, João Victor estava retornando para casa quando foi abordado na esquina pelos ocupantes de um veículo escuro, no qual estavam duas moças e dois rapazes.
Os dois homens correram atrás de João, que foi impedido de entrar em sua residência. A vítima foi morta, segundo registro policial, “mediante violentos golpes com objeto contundente (pedaço de pau ou de ferro)”, que provocaram traumatismo craniano.
De acordo com as investigações, na noite de sexta-feira, dois dias antes do crime, uma briga generalizada teria ocorrido em uma festa que acontecia dentro de uma chácara, perto da Penitenciária de Marília.
Na ocasião, o serralheiro que acabou preso ontem, foi espancado por outros rapazes. Sua companheira, também detida pela polícia, chegou a ser atingida com um soco no olho esquerdo, que teria sido desferido por João Victor (não se sabendo se intencional ou não).
“Há indícios de que, na data dos fatos, a fim de vingar as agressões, os casais se deslocaram do distrito de Padre Nóbrega até o bairro Santo Antonieta, onde enfim localizaram a vítima e a mataram violentamente”, disse o delegado na época em que os envolvidos foram identificados.
O Omega utilizado no crime acabou localizado em outra chácara, também nas proximidades do presídio. O serralheiro deixou o veículo no local sem que os proprietários do imóvel soubessem do assassinato.
De acordo com a DIG, o serralheiro tem antecedentes por violência doméstica e lesão corporal grave (no ano de 2015, com emprego de um taco metálico de beisebol).
Desde 22 de maio deste ano ele cumpre pena em regime aberto, o que lhe impediria tanto de ter estado na festa do dia 24, como na rua na noite do crime.