Camelôs protestam após reintegração da ferrovia para a Rumo

Camelôs que atuam no antigo pátio ferroviário de Marília fizeram manifesto pacífico em frente ao Paço Municipal, no Centro de Marília, na manhã desta segunda-feira (12), em busca de apoio da administração municipal.
Eles levaram cartazes em que pediam “solução” para a “estação cultural”, em referência ao projeto social instalado em 2019 na antiga área de embarque e desembarque de passageiros, após a desativação do serviço ferroviário, em 2001.
Com o tempo, no entanto, a proposta inicial de utilização do espaço para intervenções culturais acabou transformada em uma espécie de continuidade irregular do camelô ao lado com instalação de dezenas de boxes sobre os trilhos.
REINTEGRAÇÃO DE POSSE
O manifesto acontece menos de uma semana após decisão da Justiça de Marília favorável de reintegração de posse à concessionária Rumo Malha Paulista S.A, que administra o trecho ferroviário que atravessa a cidade.

Na decisão, o juiz da Vara da Fazenda Pública de Marília, Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, diz que a invasão impede “a melhoria da infraestrutura logística necessária para o escoamento da produção agrícola paulista para o Porto de Santos.”
Desde julho de 2024, a Rumo tem feito a limpeza de todo o trecho visando futura reativação por força de renovação contratual, prevista para 2028. Semana passada, a Prefeitura de Marília notificou a empresa para que faça capinação, sob pena de multa.
NOVO LOCAL
O risco iminente de despejo e posterior retirada das lojas instaladas sobre a ferrovia levou os camelôs a recorrerem, outra vez, à Prefeitura de Marília. “A gente só quer trabalhar”, afirmou o comerciante Márcio Rogério Ferreira.
O vice-prefeito, Rogério Aparecido da Graça, o Rogerinho (PP), atendeu os manifestantes. Segundo apurou o Marília Notícia, o governo municipal estuda uma nova área para remanejar os boxes em situação irregular.