Aniversariantes no Dia do Rock comemoram com estilo em Marília
Não bastou nascer em 13 de julho – Dia Mundial do Rock -, o fotógrafo mariliense Alexandre de Souza, de 49 anos, também decidiu se casar na data mais relevante da sua vida.
A esposa, servidora pública estadual Cristina Nagen, não só apoiou a ideia da data como também da presença de bandas – músicos amigos – que tocaram por cerca de 16 horas na festa. Nem precisa dizer o gênero musical predominante.
Mais que uma nova batida, o rock n’ roll revoluciona a música e o comportamento social da juventude, há mais de 70 anos. A associação com a rebeldia e transgressão foi imediata, mas o ritmo acabou se consolidando mesmo pela identificação com a liberdade e a crítica social.
“DSouza”, como é conhecido, o fotógrafo valoriza diversas estilos dentro do rock. “Principalmente por ter vivido nos anos 80, senti a essência do rock verdadeiro, puro. Sempre ouvi de tudo um pouco, procurando sempre o melhor”, afirma.
Alexandre associa o gênero ao seu trabalho. “Gosto muito das bandas que surgiram entre os anos 60 e 90, que marcaram época. Não curto bandinhas chicletes. Se vou postar uma foto em rede social, sei qual é a música para postar na redes sociais”, conta.
Amante do gênero, ele chegou até a entrar em uma banda. Comprou uma bateria e começou a tocar, mas acabou trocando por uma mobilete. “Virei amante das duas rodas e fiquei como fã de rock, ao invés de músico”, lembra DSouza com bom humor.
O dia 13 de julho também é o mais importante para o fotógrafo e designer gráfico mariliense Diego Paes. Nascer no Dia do Rock – para ele – é uma feliz coincidência.
Para Paes, tem algumas fases da vida que você está mais ‘Guns’, tem outras que está mais ‘Metallica’, mas em se tratando de rock há música boa.
“O rock teve bastante influência em minha vida. Eu ando de skate até hoje e são duas coisas que combinam. Às vezes uma música mais suave, às vezes um hard core, nos ensaios fotográficos, estou sempre ouvindo”, conta.
Para o designer, o estilo é “som” que mais anima as pessoas e tem uma linguagem universal. “Atravessa as gerações, você vê pai e filho ouvindo a mesma banda. Pessoalmente, por conta até do skate, eu destacaria entre os que mais ouço, Linkin Park e Charlie Brown Jr”, cita.
Há 28 anos, o comerciante José Marcos Jorge é dono de uma loja no Mercadão Municipal de Marília, onde vende LPs, camisetas e outros objetos que remetem à cultura do rock. Ele conta que, se não fosse o gênero musical, já teria fechado as portas.
“É o rock que nos mantém no mercado. É um cliente fiel, que compra com certa regularidade e que gosta de tudo que envolve a música. Isso só acontece com o rock”, afirma.
José Marcos acredita que o valor artístico do gênero, capaz de atravessar gerações, abre possibilidade para todos. “A internet oferece muita coisa, mas como temos uma tradição no comércio, as pessoas conhecem, vêm à loja, querem ver, tocar e já levar embora na hora”, relata.
O Dia Internacional do Rock, para o comerciante, é oportuno para lembrar que a música é capaz de romper barreiras, cessar conflitos e tornar a humanidade mais conectada consigo mesma. “Não há fronteiras e nem limites para a música”, conclui.
* Esta reportagem foi coproduzida pelo jornalista Leonardo Moreno