Ação civil pública pede extinção do MAC por dívidas
Ação civil pública que pede a extinção do MAC (Marília Atlético Clube) foi aberta pelo MPT (Ministério Público do Trabalho). O órgão aponta descumprimento de acordo com a Justiça do Trabalho pelo clube.
O presidente do time, Antônio Carlos Sojinha, participa de audiência sobre o assunto nesta sexta-feira (26).
Alternativas colocadas pelo MPT, para evitar a extinção do clube mariliense, são intervenção judicial no MAC durante seis meses ou o pagamento de R$ 1 milhão – em forma de indenização por danos aos direitos difusos e coletivos de atletas e funcionários.
Nos últimos dois anos foram iniciados pelo menos 59 processos contra o clube na Justiça do Trabalho, onde havia sido feito acordo para destinar parte das rendas ao pagamento de ações trabalhistas.
Na ação civil pública consta que a administração do clube agiu de forma “leviana” e descumpriu a “obrigação de depositar judicialmente os percentuais dos contratos de patrocínios e das rendas dos jogos”.
O MPT diz ainda que os gestores se apropriaram “indevidamente desses valores, em frontal prejuízo aos créditos trabalhistas”. É apontado ainda que o clube vem sido utilizado há mais de dez anos “como instrumento para a prática de inúmeros ilícitos”.
O procurador do trabalho, Marcus Vinícius Gonçalves, quer imediatamente a suspensão de novas contratações e o afastamento da presidência e diretoria do MAC.
Gonçalves também pede a nomeação de administrador indicado pela Justiça, que poderia nomear assistentes para elaborar a adequada administração do time.
O indicado deve elaborar o prazo e a forma para pagamento dos créditos trabalhistas. O MPT quer inclusive a alienação judicial de bens do time.
Sojinha
Procurado pelo Marília Notícia, Sojinha não quis comentar o assunto, nem indicar alguém do departamento jurídico do clube para conversar com a reportagem.