Prefeitura explica problemas sobre aulas de inglês
Após reportagem do Marília Notícia sobre o fim das aulas de inglês em uma escola municipal da zona norte de Marília, a Secretaria Municipal de Educação se pronunciou através de nota oficial, lamentando e explicando o problema.
Segundo a Prefeitura, a implantação da disciplina de Inglês na rede Municipal de Ensino aconteceu no ano de 2014 (governo de Vinícius Camarinha), inicialmente em todos os 5° anos nas EMEFs (Escola Municipal de Ensino Fundamental), mas “infelizmente essa implantação ocorreu sem planejamento de médio e longo prazo, indispensáveis à gestão pública de qualidade”.
Ainda de acordo com a administração municipal, houve a implantação do serviço público sem que fosse feito concurso para a contratação de professores.
Na oportunidade optou-se por oferecer as vagas abertas à professores já existentes na rede e que tinham na sua formação licenciatura para ministrar aulas de inglês, para assumir estas aulas no regime de jornada especial.
A explicação da Prefeitura é de que com o passar do tempo, o crescimento da demanda de professores nas salas de aula regulares, aliado as aposentadorias e desistências de professores em manter a jornada especial para lecionar a disciplina de Inglês, ficou inviável ter aulas em todas as EMEFs, mantendo a disciplina apenas nas EMEFs de tempo integral.
“Para solucionar o problema de maneira responsável, em 2017 a Secretaria Municipal de Educação contará com o concurso público, conforme compromisso da Administração Daniel Alonso com a cidade. É por meio do concurso público que a Secretaria Municipal de Educação poderá ter os professores habilitados na língua inglesa para assumir a disciplina no início do ano letivo de 2018”, finaliza a nota.
O caso
O fim das aulas de inglês em parte da rede municipal de ensino foi noticiada ontem (5) pelo MN.
A reportagem mostra o caso específico da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Américo Capelozza, localizada no Jardim Lavínia, zona norte de Marília.
“Esse ano tiraram o inglês. Em uma reunião a professora disse que não sabia o motivo, já que em outras escolas seria mantido. Não sei se é porque os outros lugares são ensino integral e no Capelozza apenas meio período”, disse o operador de caldeira Júlio Barros, de 36 anos, pai de uma garota de 8 anos.
A família se sente frustrada, já que não tem dinheiro para pagar uma escola de idiomas particular e a aluna já estava aprendendo as primeiras palavras em outra língua.
“Eu acho interessante. Ela chegava em casa falando várias coisinhas, aprendendo a pronúncia. Penso que as aulas de inglês na escola estimulariam ela. Servia de incentivo”, lamentou Barros.