Economia brasileira ficará em marcha lenta durante 2017
As expectativas de recuperação da economia brasileira ainda são desanimadoras, e 2017 promete ser um ano de atividade econômica em marcha lenta, pelo menos até o início do segundo semestre, como apontam os especialistas. O início do ano e todo o primeiro semestre deverão ser marcados por reflexos dos problemas que se arrastam desde 2014, tais como o desemprego, que já atinge mais de 12 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baixo consumo, retração dos serviços e crise financeira de estados e municípios.
Para o segundo semestre, as previsões são mais animadoras, porém, com melhorias econômicas mais expressivas, que só deverão aparecer no fim do ano. Para o economista Agostinho Pascalicchio, professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a melhoria do cenário econômico estará diretamente ligada à aprovação das reformas da Previdência e trabalhista, além da retomada do fôlego nos setores industrial e de serviços.
Esses movimentos, alerta o especialista, deverão gerar mais vagas de emprego e, em consequência, aumentar o consumo das famílias, grande motor da economia, que está estagnado devido à inflação e ao desemprego.
— A recomposição da renda no próximo ano será gradativa, e isso estará ligado à volta das vagas formais no mercado de trabalho. Sem emprego, o consumidor não compra e, sem confiança, o empresário não contrata. Por isso, as reformas são necessárias — explicou.
Neste cenário, o comportamento das famílias deverá ser parecido com o dos estados que, a exemplo do Rio de Janeiro, enfrentam uma das piores crises da história. Por isso, 2017 será um ano de pé no freio, mas que lentamente levará o país à rota do crescimento.
Fonte: Extra