STF manda soltar acusado de morte com “tesourão”
O desempregado e lutador de jiu-jitsu, Felipe Augusto Alves Marinho, de 31 anos, teve a liberdade concedida após decisão do Superior Tribunal Federal (STF).
Marinho é acusado de matar o autônomo Paulo Fernandes Guimarães, de 30 anos, assassinado com golpes de uma tesoura de jardinagem em abril deste ano.
O pedido de habeas corpus afirmou que não havia fundamentação suficiente e razoável na decisão que decretou a prisão preventiva do homem. O fato do réu ter residência fixa e ocupação lícita também foram expostos.
O ministro Marco Aurélio Mello acolheu o pedido e soltou Felipe, que foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima). Ele ainda será julgado e pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão em regime fechado.
O CRIME
O assassinato foi cometido na madrugada do dia 13 de abril, na rua das Glicínias, Jardim Marília, zona oeste da cidade.
A vítima teria iniciado uma briga com Felipe em um posto de combustíveis na Avenida da Saudade e em seguida foi para a sua casa, onde buscou o ‘tesourão’ para agredir o autor.
Marinho, muito mais forte fisicamente, desarmou e perseguiu Paulo. O lutador espancou a vítima e o atingiu diversas vezes com a tesoura. O golpe fatal teria sido no coração de Guimarães.
Segundo o delegado Valdir Tramontini, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o crime começou a ser desvendado quando os policiais seguiram os respingos de sangue que a vítima havia deixado, entre onde o corpo foi localizado e o posto.
Imagens do estabelecimento e testemunhas presenciais confirmaram a autoria do crime por Felipe. O lutador confessou tudo, mas alegou legítima defesa.