Melhora índice que mede surto da dengue em Marília, aponta Sucen
Dados da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) apontam que houve um avanço no combate ao mosquito Aedes aegypti em Marília. Contudo, apesar da melhora no quadro, a cidade ainda se classifica em “situação de alerta” para o risco de casos de dengue em 2024.
A nova classificação vem após o último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado em abril. Nesta análise, o Índice de Breteau – usado para medição – ficou em 2,3%, enquanto que em janeiro havia apontado 3,9%. A medida diz respeito ao número de larvas do Aedes encontradas nos imóveis vistoriados. Quanto maior o percentual maior o risco.
O índice atual aponta para uma situação de melhora também em razão da ausência de chuvas na cidade, que faz com que diminua a concentração de água parada e reduz significativamente potenciais criadouros para o mosquito. O município está há cerca de 30 dias sem chuvas.
O Ministério da Saúde, com base na Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que índices inferiores a 1% indicam “condições satisfatórias”. De 1% a 3,9% é considerada “situação de alerta”. Quando acima de 3,9%, a infestação representa “risco de surto de dengue”. Com índice de 3,9% no início do ano, Marília se encontrava no limite da situação de alerta.
A cidade conta com cerca de 120 mil imóveis e a vistoria de 100% deles é praticamente impossível.
PERIGO
Em todo o ano passado, Marília confirmou 3.122 casos da doença, além de cinco mortes. No ano anterior, em 2022, foram 1.055 positivos, ou seja, o aumento em 2023 foi de 196%.
Neste ano, segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, já são 6.535 casos confirmados de dengue e 11 óbitos contabilizados pela Prefeitura de Marília. Para o Governo do Estado de São Paulo, Marília já contabiliza 12 óbitos.
MOSQUITO
O mosquito Aedes aegypti é um inseto doméstico que se reproduz em água parada. As fêmeas depositam os ovos em locais com água acumulada. Estima-se que uma só fêmea possa espalhar ovos num raio de quase 1 km.
Em cerca de 10 dias, o ovo se torna mosquito adulto e começa a picar para garantir sua sobrevivência, já que se alimenta do sangue humano. O ciclo de vida do mosquito é de cerca de 30 dias.
SINTOMAS
Os sintomas da dengue são febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, perda de paladar e apetite, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, manchas e erupções avermelhadas na pele semelhantes ao sarampo, moleza e dores musculares intensas, nas articulações e atrás dos olhos.