Polícia esclarece morte de homem em casa na zona Sul de Marília
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) concluiu o inquérito do assassinato de Wellington Rodrigo Neris, de 37 anos, encontrado morto na manhã do dia 8 de maio deste ano, em uma casa no bairro Jardim São Geraldo, zona Sul de Marília.
Segundo o delegado titular da especializada, Luís Marcelo Perpétuo Sampaio, foram identificados outros dois moradores de rua – um casal -, que estavam no local no momento do crime.
Em 21 de maio, a polícia prendeu o desempregado Henrique Antônio Ruiz, vulgo ‘Bauru’, de 41 anos, acusado de matar Wellington Neris. Ele foi interrogado por duas vezes pela DIG.
‘Bauru’ contou que morava com a vítima na casa invadida e, na tarde do dia 5 de maio, por volta das 13h, ele e Wellington estavam no bairro Fragata, quando encontraram um homem e uma mulher conhecidos.
A dupla teria chamado o casal para beber pinga na casa invadida junto com eles. Segundo ‘Bauru’, em determinado momento, Wellington começou a ameaçá-lo. De acordo com o acusado, a vítima e ele sempre discutiam por desentendimentos do passado.
Conforme o depoimento de ‘Bauru’, durante a discussão a vítima investiu contra ele, tentou esganá-lo e falava “eu vou te matar”. O casal, que estava junto na casa, buscou intervir em um primeiro momento, mas não conseguiu.
Durante a confusão, ‘Bauru’ conseguiu dar um chute em Wellington. Apesar do outro rapaz, chamado Rodrigo Chacal, a princípio ter tentado separar a briga, em seguida e sem motivos aparentes, segundo a polícia, ajudou ‘Bauru’ a pisotear a vítima, que ficou desacordada.
Mesmo com Wellington já caído e sem poder se defender, ‘Bauru’ então pegou uma faca que, segundo ele, lhe foi dada pela mulher, e desferiu um golpe na vítima.
Depois disso, os três teriam saído da residência e cada um seguiu uma direção. No dia seguinte, Chacal é quem teria arrastado o corpo da vítima até os fundos da residência e escondido no porão, onde foi localizado pela polícia.
Dois dias depois do crime, ‘Bauru’ contou que reencontrou o casal e devolveu a faca para a mulher.
De acordo com o delegado, houve dificuldade em identificar o casal pelo fato de Rodrigo ter sido preso três dias depois do assassinato, acusado de outro crime, um furto. Ele permanece em uma unidade prisional.
Já a mulher é moradora de rua, foi ouvida e nega que a faca pertencia a ela. Disse que o objeto era do casal – dela e do companheiro. A prisão da acusada vai depender da análise da Justiça.
RELEMBRE
Wellington foi encontrado morto na manhã do dia 8 de maio em uma casa no bairro Jardim São Geraldo, zona Sul de Marília.
No dia dos fatos, a Polícia Militar foi acionada, às 9h40, para acompanhar a proprietária de uma residência que havia sido invadida por moradores de rua, na Professor Francisco Morato.
A proprietária do imóvel relatou que a casa está desabitada há alguns meses e por várias vezes o local foi invadido por andarilhos.
Com a autorização da mulher, os policiais entraram no imóvel e encontraram marcas de sangue no chão dos cômodos, como se alguém tivesse sido arrastado.
Nos fundos da casa, onde há um porão, os militares localizaram um homem caído, com um cobertor e muito sangue em volta.
A perícia foi acionada e constatou que o corpo apresentava ferimento profundo no tórax, próximo do coração, provavelmente causado por instrumento cortante, que não foi localizado.
Ainda segundo a perícia, a morte da vítima havia ocorrido há três ou quatro dias.