MN Logo

11 anos. Mais de 100 mil artigos.

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes
  • Colunas
  • Anuncie
Tecnologia
seg. 10 ago. 2020

Dono do TikTok queria unir EUA e China, mas fracassou

por Agência Estado

Zhang Yiming, 37 anos, o empreendedor por trás do TikTok, tomou diversas precauções quando se propôs a domar a barreira mais traiçoeira do mundo: aquela que separa a internet da China do restante do planeta.

Ele tornou o TikTok indisponível na China para evitar que os usuários do app ficassem sujeitos aos requisitos de censura do Partido Comunista. Contratou gerentes nos EUA para administrarem o aplicativo e lobistas em Washington. No fim, nada disso ajudou muito. Com o TikTok negociando agora uma venda para a Microsoft sob intensa pressão do presidente Donald Trump, a muralha digital entre China e EUA está se mostrando mais alta do que nunca.

Fundada há 8 anos, a gigante chinesa ByteDance, dona do TikTok, é a primeira história de sucesso global da internet da China. Porém, nunca foram totalmente dissipadas as suspeitas de que o TikTok não resista à pressão de Pequim caso seja obrigado a entregar ao governo dados de usuários. Isso pode obrigar a ByteDance a repensar suas ambições internacionais.

Enquanto ainda reinava a incerteza quanto ao posicionamento de Trump sobre as negociações entre Microsoft e TikTok, a ByteDance emitiu um comunicado reiterando seu compromisso com a expansão global. “Nesse processo, estamos enfrentando todos os tipos de dificuldades complexas e inimagináveis”, disse a empresa.

O comunicado citava o tenso ambiente geopolítico, e criticava o Facebook por sua “difamação e plágios”.

Nerd

Para Zhang, o choque entre o TikTok e o governo Trump ensina muito a respeito das relações com os governos nacionais, mas não é a primeira situação do tipo que ele enfrenta.

Ele é do tipo mais nerd. Consertava computadores na época da faculdade e parece mais interessado em conversar a respeito de algoritmos e do fluxo da informação. Durante muitos anos, ele ecoou Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, dizendo que administrava uma empresa de tecnologia, e não um veículo de mídia. “Não posso decidir com clareza se algo é bom ou ruim, se é de bom gosto ou mau gosto”, disse à revista chinesa Caijing em 2016.

Zhang disse ter estudado o rápido crescimento de outra empresa chinesa no exterior para entender como alcançar esse resultado. A empresa estudada foi a Huawei.

A escolha dele foi visionária, mas talvez não da maneira que ele pretendia. Faz anos que o governo Trump tenta enfraquecer a fabricante de equipamento de telecomunicações.

O crescimento internacional era o principal objetivo quando Zhang começou a negociar com o Musical.ly, app chinês que fez sucesso nos EUA e Europa. No fim de 2017, a ByteDance concordou em comprar o Musical.ly por US$ 1 bilhão. A empresa viria a integrar o aplicativo ao TikTok, conferindo-lhe uma cabeça no Ocidente que acabaria abrindo as portas para um sucesso maior.

Conforme o TikTok se tornou um sucesso nos EUA, surgiram preocupações com a possibilidade de o aplicativo censurar conteúdo que pudesse desagradar Pequim. No fim de 2019, o The New York Times relatou que a Comissão de Investimento Estrangeiro dos EUA (CFIUS) estava analisando a compra do Musical.ly.

Com a pressão aumentando, alguns dos investidores e conselheiros de Zhang apresentaram ideias para distanciar o TikTok da ByteDance, entre elas a reorganização da estrutura corporativa ou jurídica do TikTok.

Mas, em vez de uma ampla reestruturação, Zhang optou por uma troca no pessoal. Ele substituiu executivos da ByteDance na China e disse que dedicaria mais tempo e energia pessoais à Europa e aos EUA.

A ByteDance também embarcou em uma campanha de lobby em Washington para vender a ideia segundo a qual a lealdade do TikTok seria aos EUA, e não à China. Em reuniões com legisladores, os lobistas enfatizaram o fato de que muitos membros do seu quadro diretor residem nos EUA.

As investigações do governo Trump seguiram mesmo assim. Em junho, depois que Trump fracassou em atrair grandes multidões para um comício de reeleição, usuários do TikTok disseram ter organizado um trote no qual se inscreveram para obter ingressos, mas não participaram do evento. No início de julho, o secretário de Estado, Mike Pompeo, comentou a possibilidade de banir o app por questões de segurança.

Em carta aos funcionários, Zhang fez a crise recente parecer mais um problema técnico do que uma ameaça existencial encarnada na forma de forças geopolíticas hostis.

Ele escreveu que a empresa enfatizou sua disposição em fazer alterações técnicas para sanar as preocupações americanas, mas a ordem de vender o negócio veio mesmo assim. “Não concordamos com a decisão, pois sempre insistimos em proteger a segurança dos dados dos usuários, a neutralidade da plataforma e a transparência.”

Compartilhar

Mais lidas

  • 1
    Homem morre baleado pela PM na madrugada em Marília
  • 2
    Destruição na Fazenda do Estado gera multa à moradora, após derrubada de árvores
  • 3
    Dupla armada invade casa, rende irmãos e foge com R$ 10 mil e relógio na zona norte
  • 4
    Homem em situação de rua bate no rosto e rouba pedestre no Centro de Marília

Escolhas do editor

COLETA DE LIXO
Valor de contrato com empresa que coleta resíduos cresce R$ 1,1 milhãoValor de contrato com empresa que coleta resíduos cresce R$ 1,1 milhão
Valor de contrato com empresa que coleta resíduos cresce R$ 1,1 milhão
PARA VOTAÇÃO
Prefeitura anuncia projeto de lei para reestruturação da FumesPrefeitura anuncia projeto de lei para reestruturação da Fumes
Prefeitura anuncia projeto de lei para reestruturação da Fumes
HABEAS CORPUS
Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJDefesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ
Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ
EDUCAÇÃO
Marília cria programa que garante exame de vista a alunos do ensino fundamentalMarília cria programa que garante exame de vista a alunos do ensino fundamental
Marília cria programa que garante exame de vista a alunos do ensino fundamental

Últimas notícias

Produção científica leva Unimar ao topo de participação no principal congresso jurídico
Marília garante R$ 1 milhão em nova emenda para ampliar investimentos na saúde
Administração de Pompeia reforça transparência em balanço anual
Mutirão recolhe três caminhões de inservíveis de distritos de Tupã

Notícias no seu celular

Receba as notícias mais interessantes por e-mail e fique sempre atualizado.

Cadastre seu email

Cadastre-se em nossos grupos do WhatsApp e Telegram

Cadastre-se em nossos grupos

  • WhatsApp
  • Telegram

Editorias

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes

Vozes do MN

  • Adriano de Oliveira Martins
  • Brian Pieroni
  • Carol Altizani
  • Décio Mazeto
  • Fernanda Serva
  • Dra. Fernanda Simines Nascimento
  • Fernando Rodrigues
  • Gabriel Tedde
  • Isabela Wargaftig
  • Jefferson Dias
  • Marcos Boldrin
  • Mariana Saroa
  • Natália Figueiredo
  • Paulo Moreira
  • Ramon Franco
  • Robson Silva
  • Vanessa Lheti

MN

  • O MN
  • Expediente
  • Contato
  • Anuncie

Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial.
MN, Marília Notícia © 2014 - 2025

MN - Marília NotíciaMN Logo

Editorias

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes

Vozes do MN

  • Adriano de Oliveira Martins
  • Brian Pieroni
  • Carol Altizani
  • Décio Mazeto
  • Fernanda Serva
  • Dra. Fernanda Simines Nascimento
  • Fernando Rodrigues
  • Gabriel Tedde
  • Isabela Wargaftig
  • Jefferson Dias
  • Marcos Boldrin
  • Mariana Saroa
  • Natália Figueiredo
  • Paulo Moreira
  • Ramon Franco
  • Robson Silva
  • Vanessa Lheti

MN

  • O MN
  • Expediente
  • Contato
  • Anuncie