Há atualmente mais de 118 mil casos de coronavírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira, 11, que, segundo seu balanço mais recente, há atualmente mais de 118 mil casos de coronavírus confirmado, em 114 países, com 4.291 mortes. A entidade ainda advertiu que, nas próximas semanas, deve aumentar o número de casos e também as mortes causadas pela doença. A OMS citou também que há 900 pacientes em UTIs na Itália, em estado grave.
As informações foram divulgadas em entrevista coletiva em Genebra, na qual a entidade declarou o coronavírus uma pandemia.
Segundo a entidade, adotar essa descrição não altera o que está sendo feito pela OMS e pelos países. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comentou que a expressão pandemia, se mal empregada, poderia levar a “medo irracional” e, consequentemente, causar sofrimento e mortes. Ainda assim, lembrou que não há nada que se possa fazer “especificamente” para o tratamento.
A OMS se disse preocupada com a “disseminação e a severidade” do coronavírus. A entidade garantiu estar em coordenação com líderes globais, com uma estratégia para não faltar medicamentos A OMS informou que dá apoio ao Irã, bem como a nações parceiras nessa luta contra a doença. Também disse que a Itália atualmente é o epicentro da epidemia e que dá suporte ao país europeu.
De acordo com a OMS, todos os países agora devem rever suas estratégias contra o coronavírus, ativando e ampliando seus mecanismos de resposta a emergências. “Orientamos nações para que encontrem, isolem, testem e tratem todos os casos de coronavírus”, afirmou.
A OMS ainda disse que aguarda resultados da China, que podem dar “um caminho mais claro” sobre a transmissão do vírus. “Precisamos entender do que as pessoas estão morrendo e por quê, para impedir mais mortes”, afirmou a OMS, complementando que não há uma fórmula matemática para entender a doença, mas é preciso observar como se move o surto.
A organização afirmou que os países da África são o foco agora, para se evitar mais a disseminação da doença. “Somos capazes de conter ainda esse vírus para que não chegue a países mais pobres”, comentou a entidade.