Para Mourão, ‘nazismo e comunismo são duas faces’ do totalitarismo
Nesta terça-feira, 2, depois de visitar o Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém, Jair Bolsonaro afirmou concordar com o chanceler Ernesto Araújo em relação à avaliação de que o nazismo foi um movimento de esquerda. “Não há dúvida”, resumiu o presidente.
Na noite desta terça-feira, 2, durante coletiva de imprensa, Mourão inicialmente rebateu as perguntas de jornalistas sobre o conceito do nazismo com outra pergunta: “Vocês têm dúvida disso?”. Confrontado com as divergências que surgiram sobre a questão devido a posicionamentos de integrantes do governo, Mourão definiu o nazismo como “um movimento autoritário, o nacional socialismo”, e fez um breve resumo sobre o seu surgimento na Alemanha.
Em seguida, foi questionado mais uma vez se “considera que (o nazismo) é de direita ou de esquerda”. “De esquerda é o comunismo, né? Não resta a mínima dúvida. Quer dizer, acho que se a gente for olhar… Sou crítico contumaz dessa questão de direita e esquerda, acho que são ambas visões totalitárias de controle total da população, de desrespeito aos direitos humanos, que não se coadunam com o espírito que a gente busca para a humanidade”, declarou.
Novamente questionado, ponderou que critica extremos da direita e esquerda, mas que nazismo e comunismo estão em lados opostos de uma mesma moeda. “Eu critico esquerda e direita. Acho que esquerda é quando tem visão onde o estado intervém mais na vida das pessoas, diferente de ser autoritário, isso é ser esquerda. E direita é você dar mais liberdade aos empreendedores, ter mais liberdade para poder estabelecer seus negócios, propriedade privada. Isso é o que eu acho de direita e esquerda. Nazismo e comunismo são duas faces de uma moeda só, o totalitarismo.”