Viagens de férias exigem atenção com focos do Aedes aegypti
Com foco nas férias, quando muitas famílias viajam e deixam as casas fechadas, o Ministério da Saúde lançou alerta para o risco de criadouros do Aedes aegypti. A recomendação foi reforçada pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Marília. Neste mês foram notificadas na cidade 23 suspeitas de dengue e um de chikungunya. Ainda não houve nenhum caso confirmado em 2019 no município.
O mosquito transmite doenças como dengue, zika e chikungunya. A combinação do calor e umidade favorece a reprodução e, consequentemente, o risco das infecções. Por isso, campanha alerta que o “Aedes não tira férias”.
O supervisor de Saúde Rafael Colombo, responsável pelas equipes de campo da Divisão de Zoonoses em Marília, alerta que antes de viajar é importante que a população verifique espaços dentro e fora de casa para eliminar os riscos.
“Todo e qualquer recipiente que possa acumular água e se transformar em criadouros do mosquito, como vasos de plantas, baldes, garrafas vazias, calhas. O cuidado também deve se manter por aquelas pessoas que optaram por não viajar”, reforçou o supervisor.
DESTINOS
A população também deve ficar atenta aos destinos onde vão passar as férias e verificar quais cuidados devem ser tomados, como uso de repelentes e de roupas claras. As áreas com muita vegetação, por exemplo, estão propícias a ter grande circulação de mosquitos.
Há também estados e municípios que têm maior recorrência de casos de dengue, zika e chikungunya. Essas e outras informações podem ser consultadas nos boletins epidemiológicos e no Levantamento Rápido de índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgados pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais de Saúde.
AÇÃO DE TODOS
A recomendação do Ministério da Saúde é para que todos mantenham as ações para prevenir focos em qualquer época do ano. Por isso, a população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros. Essa é a principal forma de prevenção.
Quando o foco do Aedes Aegypti é detectado e não pode ser eliminado pelos próprios moradores, como em terrenos baldios ou lixos acumulados na rua, os serviços públicos devem ser acionados para remover os possíveis focos/criadouros ou orientar o responsável.
Atitudes simples como proteção contra mosquitos, com portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e camisa de manga comprida e com cores claras são fácies e eficientes. Também é recomendado o uso de mosquiteiros que proporcionam boa proteção àqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
Outras medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti que a população pode fazer são: manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água; lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água; manter caixas d’agua bem fechadas; remover galhos e folhas de calhas e não deixar água acumulada sobre a laje.
Além disso, a população deve inserir em sua rotina o hábito de encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana; trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; e fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais.
Também é importante manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; acondicionar pneus em locais cobertos; fazer sempre manutenção de piscinas; tampar ralos; colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento; limpar sempre a bandeja do ar condicionado e não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas, assim como catar sacos plásticos e lixo do quintal.
Os vasos sanitários externos também devem ser tampados e verificados semanalmente e as lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água.
Inseticidas, usados para matar mosquitos adultos, e repelentes ambientais, usados para afastar os mosquitos (encontrados na forma de espirais, líquidos e pastilhas de aparelhos elétricos), também podem ser adotados no combate ao mosquito Aedes aegypti, desde que registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sejam obedecidos todos os cuidados e precauções descritas nos rótulos dos produtos.
Os inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa, até o momento, conforme o Ministério da Saúde. (Assessoria de Imprensa PMM e Agência Saúde – MS)